No próximo domingo, Vasco e Flamengo estarão em campo na Arena da Amazônia, em Manaus, para decidirem em jogo único um dos finalistas do Campeonato Carioca. Uma rivalidade que tem elevado os ânimos em campo nos encontros mais recentes. Especificamente no último jogo, em Brasília, pela Taça Guanabara, os jogadores se desentendiam a todo o momento, principalmente o zagueiro vascaíno Rodrigo e o atacante rubro-negro Guerrero. O goleiro Paulo Victor, do time da Gávea, defendeu as provocações, mas sem tocar no rival
No jogo do dia 30 de março, no Mané Garrincha, pela quarta rodada da Taça Guanabara, Rodrigo provocava Guerrero, e o atacante peruano perdeu a cabeça já aos 18 minutos do primeiro tempo. O jogador do Flamengo acertou o vascaíno no rosto, depois que o zagueiro o apertou na altura do peito. No Bem, Amigos!, Paulo Victor repudiou o rival.
- Isso aí já vem da história toda, essa rivalidade pode levar para dentro de campo desde que exista o respeito. Acho legal você provocar um adversário, brincar dentro de campo, mas sem usar as mãos. Partir para a agressão não é legal, independente do jogador. Provocação é válida no futebol, a gente faz com o adversário, mas acho que tem que saber como vai fazer. Teve o último caso do Rodrigo com o Guerrero, que é complicado. O jogador está ali tentando pegar a bola e o cara está te apertando. Tudo bem, tem que aceitar, revidar de uma maneira diferente, mas o clássico fica bonito com a bola em campo rolando, não querendo agredir o atleta - disse o jogador.
Indagado sobre o comportamento do jogador brasileiro em campo, principalmente se comparado ao futebol europeu, o goleiro do Flamengo defendeu a “malandragem”.
- Isso é uma cultura do futebol. Acompanho futebol lá de fora e vejo muitas vezes a malandragem do jogador, que é válida usando da maneira correta dentro de campo. Simular não está escrito que não pode, aí tem o juiz para proibir quando simula e dar o cartão. Mas você não pode agredir seu companheiro. Mas com um pouquinho de malandragem fica bonito o espetáculo.
Vasco e Flamengo jogam em Manaus e o time cruzmaltino defende uma invencibilidade de oito jogos no Clássico dos Milhões. Além disso, o time comandado por Jorginho tem vantagem do empate na semifinal. No outro duelo da fase, o Fluminense enfrenta o Botafogo também podendo empatar para ir à decisão.