Dimitri Payet está cada vez mais à vontade no Vasco. E a torcida tem papel fundamental nisso. Depois de deixar o Olympique de Marselha, clube onde é ídolo na França, o meia escolheu o Brasil para se "curar" e foi rapidamente abraçado pelos vascaínos. Sem precisar fazer nada em troca.
É isso que Payet destaca em entrevista ao canal francês "Téléfoot", publicada neste fim de semana.
- Era o que eu precisava. Depois de sair do Olympique de Marselha, não sei se eu teria me recuperado, mas amor que recebi aqui rapidamente trouxe um alívio para o meu coração, me levantou. Foi a primeira vez que recebo amor sem ter feito algo para consegui-lo. É curioso, mas ao mesmo tempo é incrível - afirmou Payet.
- Nunca pensei que poderia encontrar (uma torcida) mais fanática que a do Olympique de Marselha. Lá é uma loucura, mas acho que aqui é ainda "pior" - completou.
Payet chegou ao Rio de Janeiro em 16 de agosto e foi recebido por milhares de torcedores do Vasco no aeroporto. Ele tinha proposta da Arábia Saudita, mas preferiu jogar no país do futebol.
- Se eu falasse para o garotinho que nasceu em La Réunion há 36 anos que hoje ele teria feito tudo o que fez na carreira, em Marselha, e que ele jogaria no Brasil, acho que pensariam que eu era louco. Quando eu escutei "Vasco", "Brasil", "terra do futebol", me pareceu a escolha ideal - explicou.
Passados mais de três meses, o francês parece adaptado ao Rio de Janeiro. Curte a culinária e cultura local e está cada dia mais perto da condição física ideal. Ainda não garantiu a titularidade, mas entrou bem nos últimos jogos e tem o apoio da torcida do Vasco, que quer ver mais Payet em campo. O meia também se dedica a aprender o português.
- "Aqui é Vasco, p*". Você fala "Aqui é Vasco" quando é turista. "Aqui é Vasco, p*" é quando você é dessa terra - brincou Payet na entrevista.
O jogador tem dois gols e uma assistência em 16 jogos pelo Vasco. No último domingo, ele entrou no segundo tempo da derrota para o Grêmio e foi bem em Porto Alegre.