O Vasco não vive um mau momento no Campeonato Brasileiro, estando na penúltima posição. Para reverter essa situação, o Vasco apostou em um ex-jogador, PC Gusmão, que traz consigo Acácio, goleiro que brilhou com a camisa vascaína. Os dois se juntam a Carlos Germano, Jorge Luiz e Gaúcho, que já trabalhavam dentro do cube.
Em entrevista à Super Rádio Brasil, PC Gusmão revela que quer passar essa experiência de ex-atletas vencedores para levantar a auto-estima dos jogadores:
\"É o que a gente espera que cada um com a sua experiência, com a sua história dentro do clube, histórias de grandes conquistas, possam ajudar. A gente vai trabalhar bastantes, a gente vai poder passar para os jogadores essa história do clube e, principalmente, resgatar essa auto-estima. A gente precisa, o mais rápido possível, que eles possam reverter essa situação, que a confiança volte e que não haja dúvida alguma no seu potencial. A gente vai trabalhar dessa forma, com jogadores identificados com o clube, ex-atletas, vencedores. Que eles sirvam de exemplo para que a gente possa reverter essa situação o mais rápido possível.\"
PC Gusmão vai tentar colocar em prática parceria com Acácio, que deu certo no Ceará?
\"A gente vai colocar. Foi para isso que eu fiz uma colocação, uma exigência de trazê-lo, trazer a minha comissão técnica, porque a gente tem uma identificação grande e principalmente um encaixe de trabalho. O Acácio é um grande profissional, é um profissional que já vem me acompanhando desde 2005. No Botafogo ele trabalhou comigo, também. Figueirense, Itumbiara. Enfim, grandes clubes do futebol brasileiro, e sempre com passagens vencedoras. Ele vem ajudar bastante, principalmente como referência. Vem como uma referência grande, principalmente num clube no qual ele jogou e foi titular durante dez anos.\"
Como PC Gusmão vê a recuperação da auto-estima do torcedor vascaíno, sem comemorar um título de expressão há quase oito anos?
\"É para isso que a gente vem, recuperar e botar o Vasco no rumo das vitórias, no rumo dos títulos. O último, se não me engano, foi 2001 [PC Gusmão parece não ter considerado o último título carioca, em 2003, como de expressão]. Foi 2000. Eu participei como treinador de goleiros da João Havelange e da Mercosul. O último título do Vasco foi em 2003. O Vasco tem que ter títulos pesados, o Vasco tem que estar disputando Libertadores. Isso é exigência de um grande clube. É isso o que a gente vai passar para eles. É uma responsabilidade boa, que um grande exige.\"
Família de PC Gusmão também tem identidade com o Vasco? Isso influenciou a sua decisão de vir para o Vasco?
\"Com certeza. A minha base é a minha família. O que eu fiz, logo no primeiro contato do Vasco da Gama, foi passar o telefone do meu presidente para, a partir do momento em que ele desse caminho livre, a gente iniciar uma negociação. Mas antes de iniciar essa negociação, sentei com a minha esposa, com as minhas filhas, conversei com meus pais, e tomei a posição de que era necessário se conversar e se chegar a um denominador comum. Se chegássemos a um acordo clube-profissional, a gente tomaria essa posição de voltar, e foi o que aconteceu. O mais importante é que houve um equilíbrio muito grande do presidente do Ceará em aceitar essa posição e, acima de tudo, agradeço o trabalho que foi feito por nós, da comissão técnica, durante um ano de trabalho. Por nós, também, um agradecimento muito grande ao Ceará por nos permitir caminharmos juntos nessa evolução, num grande trabalho e num grande momento que ele vive de vice-líder da Série A, onde muitos apostavam num caminho diferente. Houve toda essa situação e hoje a gente está aqui no Vasco, com muita vontade de reverter essa situação. Toda a família no Rio de Janeiro é vascaína. Em toda família você não consegue ter uma unidade de torcida. Vascaíno, tem sempre, até porque a torcida do Vasco é muito grande.\"