Após o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, concordar com a anulação do gol de Paulinho, do Vasco, na partida contra o Palmeiras, no domingo passado, e criticar as opiniões de comentaristas, PC Oliveira reforçou entender que o lance foi legal.
Em participação no Seleção Sportv, nesta terça, o comentarista de arbitragem disse discordar da análise da Comissão de Arbitragem e questionou a postura da Comissão de Arbitragem da CBF.
- Existia uma expectativa muito grande para a divulgação dos áudios do VAR para entendermos qual foi o procedimento do VAR. Para mim ficou muito claro que o foco da análise foi a posição do Vegetti, uma vez que, de acordo com os gráficos, ele estava em impedimento e participou da jogada em um primeiro momento. A análise da ação do Richard Rios foi superficial. Só no final, após analisarem o jogo todo, alguém citou, mas, no meu ponto de vista, não fizeram uma análise sobre a ação do Richard.
- Essa análise foi feita hoje pela Comissão de Arbitragem. E aqui gostaria de reforçar meu respeito ao Wilson Seneme, Péricles Bassols (gerente de VAR da CBF) e Giuliano Bozzano (gerente técnico de arbitragem). São pessoas sérias. Mas todas as vezes que existiu esse material, eles insistem em desqualificar os comentaristas de arbitragem. Eles se colocam como os verdadeiros donos das regras do jogo. Eles estão se colocando sempre com uma prepotência muito grande. No meu ponto de vista, o gol foi mal anulado.
PC também reforçou que, em seu entendimento, RIchard Rios teve o controle da bola e iniciou uma nova jogada. Portanto, na opinião do comentarista, o VAR não deveria ter acionado a arbitragem para apontar o impedimente de Vegetti.
- A gente reparada que o Richard Rios está totalmente livre na área. Não há uma pressão. Ele tem uma ação deliberada e controlada. Não é uma bola inesperada. Ele tem o controle absoluto e tira a bola da área. E o Paulinho está na intermediária. É uma nova jogada, é um gol legal. Eu discordo totalmente da análise da Comissão de Arbitragem. Mantenho o respeito, mas critico a prepotência deles que toda vez desqualificam os comentaristas - concluiu PC Oliveira.
Em vídeo publicado na tarde desta terça, a CBF divulgou os áudios do VAR e explicou as razões da decisão do árbitro Wilton Pereira Sampaio e do árbitro de VAR, Igor Junio Benevenuto. O principal argumento é de que não houve início de um novo lance de ataque do Vasco, ou seja, o impedimento de Vegetti foi corretamente assinalado.
Acompanhado de Péricles Bassols (gerente de VAR da CBF) e Giuliano Bozzano (gerente técnico de arbitragem), o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, concluiu que três aspectos da regra sustentam a interpretação de que o lance de ataque não foi interrompido:
Na avaliação da Comissão de Arbitragem da CBF, os três critérios foram preenchidos, inclusive aqueles subjetivos. Para Seneme, se a bola afastasse por Ríos fosse "para mais longe", uma nova jogada seria iniciada. O corte parou no peito de Paulinho na intermediária. E o trio da CBF afirmou que o colombiano do Palmeiras estava sob pressão na área, apesar de não haver vascaíno muito perto dele.
O Vasco se queixou bastante da anulação do gol aos 15 minutos do primeiro tempo, quando a partida realizada no Allianz Parque ainda estava 0 a 0. O time foi derrotado por 1 a 0 e segue a cinco pontos de distância do primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
Imediatamente após a partida, o Vasco informou que iria formalizar nova reclamação à CBF contra a arbitragem - o que ocorreu em outras três ocasiões nesta edição do Brasileirão.