O ano era 2000. Vasco 5 x 1 Flamengo. Vasco: Campeão da Taça Guanabara. A minha comemoração foi uma resposta para a torcida rival que, em coro durante os 90 minutos, - com xingamentos - afirmava que minha carreira tinha acabado por causa das lesões que tive. Fiz uma
das minhas melhores partidas mostrando que ainda poderia jogar em alto nível.
Trago essa lembrança no meio da polêmica sobre os limites das comemorações, para propor uma reflexão: precisamos contextualizar as comemorações de acordo com o momento que acontecem.
Obviamente que falo que não podemos tolerar atos racistas, discriminatórios ou quaisquer outros que ofendam alguma comunidade.
A minha comemoração virou bandeirão, verso de música, eternizada na história do clube e a torcida mantém o gesto no contexto correto.
Pinçar qualquer comemoração isoladamente é uma covardia com o futebol, afinal o futebol é o que é por causa do seu principal combustível: a paixão. A comemoração é a síntese dessa paixão.
#COMEMORAÇÃOSIM