Ao Quadro Social do Club de Regatas Vasco da Gama
Tendo sido nos últimos dias insistentemente procurado por grupos políticos, inúmeros amigos associados e pela mídia a respeito de um posicionamento nas eleições marcadas para o próximo dia 6 de agosto, venho, através desta Nota Oficial, esclarecer:
1. Há quase cinquenta anos sócio proprietário e participando ativamente da política do Clube, diversas vezes Vice Presidente e atual Grande Benemérito, não posso me permitir deixar enganar mais uma vez por gente mal intencionada.
2. Nas eleições de 2011 aceitei a indicação de meu nome para disputar a Presidência do Vasco, mesmo que isto, com sacrifício de minhas atividades profissionais, viesse a me obrigar a uma aposentadoria precoce de Cirurgião, a fim de me dedicar em tempo integral à solução dos graves problemas pelos quais tem passado o nosso Clube.
3. Na ocasião, tendo em vista a não apresentação de uma lista confiável de sócios com direito a voto, como está ocorrendo no momento, ingressamos na Justiça e obtivemos robusta sentença, consubstanciada nas comprovações fornecidas, adiando a referida eleição por considerá-la sujeita à fraude.
4. Na calada de um sábado à noite, às vésperas das eleições então canceladas, a atual "diretoria" conseguiu com desembargador de plantão a remarcação daquele pleito comprovadamente viciado por cartas marcadas.
5. Desafortunadamente, não nos restou alternativa senão escrever uma carta "As minhas irmãs e meus irmãos vascaínos" comunicando a minha renúncia àquela farsa e que levou o nosso Clube ao humilhante rebaixamento pela segunda vez e toda essa catástrofe administrativa, patrimonial, financeira e moral que estamos vivendo na famigerada era dinamite.
6. Assim sendo, conhecendo o caráter dos politiqueiros que tomaram conta do nosso Clube nos últimos anos, tenho sobejas razões para acreditar que mais uma vez sejamos vítimas de um golpe com o adiamento das atuais eleições.
7. Desta forma, me dirijo às amigas e aos amigos vascaínos que em mim confiam e à mídia que me tem procurado, dizendo que me reservo o direito de só me pronunciar publicamente quando tiver a convicção de que nenhuma manobra jurídica de última hora venha ser novamente utilizada e aí então declararei meu voto, dentro do que considero, diante das opções que aí estão colocadas, menos pior para o Vasco.
Pedro Valente