Acompanhar as finais da Taça GB pela TV não é a única coisa que restou ao Vasco. Durante o tempo sem jogos - o time só voltará a campo novamente dia 15, para enfrentar o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil -, trabalhar dobrado, literalmente, será tarefa primordial na Colina. Ontem, por exemplo, a diretoria, ao saber que o grupo treinaria apenas pela manhã, cancelou a folga da tarde e mandou todos retornarem ao clube às 16h.
A atividade de ontem tanto estava programada para apenas um período que os jornalistas foram convocados para ir a São Januário de manhã - quando o treino acontece em tempo integral, a imprensa só pode comparecer ao clube à tarde.
E foi justamente na parte da tarde que o presidente do Vasco, Eurico Miranda, reuniu os jogadores para uma conversa. Foi o segundo sermão do dia. De manhã, antes do time iniciar a atividade, o técnico Renato Gaúcho também esquentou a orelha dos seus comandados.
- O tom da conversa é sempre o mesmo. Eu digo ao jogador: se quer ajudar o clube, vamos em frente. E se eu sentir que não quer ajudar, ele vai dar espaço a quem queira - disse Renato Gaúcho, que ainda não engoliu o fato de o Vasco ter caído fora antes da hora na Taça GB.
- Ninguém está satisfeito, muito menos eu. Começamos bem contra Madureira e Volta Redonda, mas fomos mal contra Botafogo, América e Friburguense. É preciso demonstrar disposição durante 90 minutos.
E isso não acontece - reclamou.
No mínimo, o técnico exige que o time volte a ter a mesma postura do fim do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando o Vasco se safou das últimas posições para arrumar vaga na Copa Sul-Americana.
- Pelo elenco que temos, e por tudo o que o clube oferece, é imperdoável essa campanha do Vasco. E já está todo mundo avisado: é hora de se doar ao máximo e honrar essa camisa. Não quero que eles virem craques. Mas espero que a pegada do ano passado se repita agora. É o mínimo que posso exigir - disse.