Futebol

Perdigão dribla determinação de Eurico e se destaca por seu visual

O ‘guerreiro’ de São Januário tem um exótico visual, misto de Sansão com o cantor e compositor Moraes Moreira. Mas, até conquistar a torcida do Vasco, Perdigão teve de driblar a sobriedade do clube de origens portuguesas. Quando chegou a São Januário, em junho, uma ordem do presidente Eurico Miranda determinava: teria de cortar as madeixas cultivadas há cinco anos.

Perdigão resistia, mas bastou estrear e mostrar talento para o guerreiro ‘ganhar’ o dirigente. Hoje, unanimidade na torcida e titular absoluto, ele curte o exótico visual, inédito no elenco. “Do nada comecei a deixar o cabelo crescer e desde 2002 não corto. Só aparo as pontas”, revela Perdigão.

Ele admite que tem trabalho para manter os cabelos longos. “Lavo todo dia e penteio ao menos uma vez na semana, senão embola”, brinca o camisa 10, afirmando que o cabelo lhe dá força.

Casado com Jecelim e pai de Maria Eduarda, de 10 anos, e Maria Luiza, de 4, Perdigão revela que a família é fã de seu visual. “Elas gostam. Tanto que a Maria Luiza, a caçula, tem o cabelo parecido com o meu”, diverte-se, garantindo que o cabelo não o atrapalha porque sempre o prende.

Campeão da Libertadores e Mundial pelo Internacional, em 2006, Perdigão agradou em cheio. A ponto de o recém-contratado Andrade, também querido da torcida, continuar na reserva. O cabeludo estreou no Vasco dia 6 de julho contra o Juventude, em Caxias do Sul, e desde então não saiu mais do time, invicto há sete jogos: seis pelo Brasileirão e um pela Sul-Americana. “Já são 12 jogos como titular e vou dar o máximo para me manter no time”, garante Cleiton Eduardo Vicente, o Perdigão, de 30 anos, que nasceu em Curitiba (PR). O apelido vem do pai por ter sido empregado do frigorífico.

Elogiado por Celso Roth pelo menor índice de faltas do elenco no desarme e dar qualidade à saída de bola para o ataque, Perdigão promete a mesma garra contra o Sport, domingo, na Ilha do Retiro. “Acho que sou melhor com a bola no pé. Por isso, diminuo o espaço do adversário para tomá-la”.

Ele confessa estar orgulhoso por usar a camisa 10, que consagrou Roberto Dinamite. “Tô feliz com ela, tem dado certo e caiu bem”, comemora o guerreiro.

Fonte: O Dia
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