A reta final da temporada de 2015 representou o terceiro rebaixamento do Vasco para Série B. Ao mesmo tempo, após contratações pontuais, serviu para montar uma base para voltar à elite no ano seguinte. Favorito, o Cruzmaltino não teve dificuldade em abrir folga na liderança no primeiro turno da competição. No segundo, porém, a equipe do técnico Jorginho apresentou queda técnica acentuada e se complicou.
E se a fase do time não é mesma, muito se passa pelo sistema defensivo, considerado um dos trunfos da equipe em 2016. A defesa formada por Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar foi repetida exaustivamente e obteve grandes resultados durante a maior parte do ano. Recentemente, no entanto, ela tornou-se um dos pontos fracos.
Até mesmo jogadores de qualidade comprovada como Luan, campeão olímpico com a seleção brasileira, têm vacilado em alguns momentos, como ocorreu no último sábado, no primeiro gol do CRB, em São Januário.
Mais que isso, o time tem sofrido mais gols que o comum. Nos últimos quatro jogos, o Vasco sofreu oito gols, uma média de dois por duelo. Isso é bem maior que o Cruzmaltino sofreu na Série B nas demais partidas.
"Fomos vaiados, mas não podemos esquecer o trabalho que fizemos. Ganhamos dos três grandes clubes do futebol brasileiro e carioca, ganhando um campeonato invicto convencendo, jogando muito bem. Fizemos o planejamento para parada (durante a Olimpíada), mas não conseguimos manter o nível de atuações. A equipe teve uma queda", disse Jorginho.
Com a derrota, o Vasco se manteve com 54 pontos e vê o Atlético-GO, com 58, abrir quatro na ponta da Série B. Por outro lado, o Cruzmaltino segue confortável no G4: Bahia é o 5º, com 49. A equipe volta a campo no próximo sábado, quando medirá forças com o Paraná, no Kleber Andrade, no Espírito Santo.