Na noite em que uma sessão solene da Câmara dos Vereadores instituiu o Dia Municipal do Vasco e dos Vascaínos, um poema causou comoção aos presentes.
A convite do vereador Roberto Monteiro, o colunista do SUPERVASCO Hélio Ricardo Rainho foi ao púlpito da Câmara fazer a leitura de seu "Vasco-Poema", emocionando os presentes e recebendo, inclusive, um abraço do jornalista Sérgio Cabral, em meio aos aplausos. Hélio também recebeu uma moção honrosa - a condecoração máxima da Casa - do vereador.
Segue o poema de Hélio Rainho em homenagem ao Gigante da Colina:
VASCO-POEMA
Vasco,
Dos caixeiros e mulatos
Dos negros rejeitados
Suburbanos do povão
Vasco,
Dos padeiros e pedreiros
Lusitanos, brasileiros,
Força e miscigenação
Vasco,
De Roberto e de Romário
Levantou São Januário
Contra a discriminação
Vasco,
Da estrela radiante
Da torcida extasiante
Do Maracanã-vulcão
Vasco,
Dos meninos da Colina
Aprendizes desta sina
Que é amar teu pavilhão
Vasco,
Põe a garotada em campo
Bota o preto no branco
E a faixa de campeão
Vasco,
Mostra a cor da tua raça
Deixa um negro erguer a taça
Honra tua tradição
Vasco,
Não tiveste preconceito
Cruz-de-malta sobre o peito
Negritude pé no chão
Vasco,
Pra manter acesa a chama
Mais do que Vasco da Gama
És o Vasco da paixão!
Vasco,
És paixão que não se explica
Tudo passa, o Vasco fica
Vivo em nosso coração