O tenente-coronel Silvio Luiz, comandante do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos, afirmou que há uma grande preocupação em relação ao ambiente para a final da Taça Guanabara, entre Vasco e Fluminense, por toda a polêmica que se arrasta nos últimos dias mais uma vez em relação à ocupação do setor sul da arquibancada no clássico. Ele informou que usará um efetivo ainda maior do que o empregado na semifinal entre Flamengo e Fluminense, com especial atenção à área externa do Maracanã. O Bepe deverá contar com cerca de 400 policiais na partida.
Questionado sobre como a falta de acordo entre os clubes e as declarações dos dirigentes refletem no trabalho do Bepe, ele explicou:
- Reflete em uma preocupação maior, não é? De estarmos bem mais atentos, estamos reforçando justamente a área externa do estádio, com um efetivo ainda maior do que no Fla-Flu, justamente por conta dessa preocupação.
Ele esclareceu ainda que o objetivo maior é não deixar que o torcedor que está indo ao Maracanã para assistir ao jogo sinta os reflexos dessa polêmica nos bastidores:
- A gente vai acompanhar. Como medida, o que nos cabia fazer, é reforçar principalmente a área externa, que é uma grande preocupação, para que o torcedor que não tem nada a ver com essa confusão e está apenas indo para assistir o jogo não sofra os reflexos disso. Vou começar o jogo com somente o necessário na parte interna, e a maior parte concentrada na área externa, e aí faremos o remanejamento durante a partida de acordo com o necessário.
O comandante do batalhão especializado lembrou ainda que a relação entre as duas torcidas piorou desde que o Maracanã foi reformado e se iniciou a discussão sobre qual lado cada clube ocuparia nos clássicos:
- Na verdade o clima entre as torcidas de Vasco e Fluminense já é muito ruim desde quando houve essa questão dessa briga pelo setor. Claro que para esse jogo isso se acirrou muito mais porque o Vasco efetivamente vai ocupar o setor sul.
O Bepe se reuniu com as organizadas de ambos os clubes - lembrando a principal facção cruz-maltina está proibida de ir ao estádio, e a maior organizada tricolor está proibida de levar material (instrumentos, faixas, etc.) - e avisou que cada uma será levada diretamente para a entrada correspondente para esta partida.
- Faremos a escolta de torcidas tanto do Vasco quanto do Fluminense, chamamos as torcidas para conversar, e estão cientes de que a escolta os levará para a sua entrada correspondente no estádio. Não houve objeção quanto a isso.
Em coletiva concedida na tarde deste sábado, o presidente do Fluminense, Pedro Abad, chegou a falar em "guerra", mas depois alertou que se referia somente à disputa dentro de campo e que o clube é totalmente contrário à violência. Mas também citou a preocupação com brigas por conta da polêmica:
- Se tiver briga amanhã, confusão, morte, podemos colocar a responsabilidade em cima das pessoas que provocaram isso. Que arquem. Nosso corpo jurídico já está preparado para isso.