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A Polícia do Rio tem provas do envolvimento de torcidas organizadas com o tráfico e com as milícias. Os policiais localizaram mais um vascaíno que participou do confronto em Santa Catarina.
A Polícia Civil do Rio descobriu que um dos torcedores da Força Jovem do Vasco, conhecido como Naíba, frequenta uma academia. No cadastro, a foto, o nome completo e o endereço de Anderson Barbalho Cavalcante. Ele é um dos que aparecem nas imagens agredindo torcedores do atlético paranaense.
O trabalho conjunto das polícias do Rio, de Santa Catarina e do Paraná identificou 40 pessoas, mas apenas três torcedores do Vasco estão presos.
A Polícia do Rio diz que investiga brigas de torcidas desde o ano passado, quando um torcedor do Vasco foi morto por integrantes da Jovem Fla. Para os agentes, o crime foi uma vingança, porque meses antes vascaínos da Força Jovem haviam assassinado um flamenguista.
O vascaíno Diego Martins leal, de 29 anos, morreu dentro de um bar em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio, em agosto do ano passado. Policiais prenderam Daniel Monteiro de Abreu e Alessanderson Piedade Mota.
A Divisão de Homicídios montou, então, uma operação chamada Fair Play - jogo limpo - e identificou o restante do grupo, ligado à Jovem Fla, que participou da morte do torcedor do Vasco. Ao todo, 11 tiveram prisão preventiva decretada. Oito foram para cadeia e três estão foragidos. Eles respondem na Justiça por homicídio.
Durante a investigação, a polícia também descobriu que seis dos acusados eram responsáveis pela escolta armada dos ônibus da Torcida Jovem do Flamengo até os estádios. E, de acordo com o inquérito, escutas telefônicas, gravadas com a autorização da justiça, também revelaram o envolvimento de integrantes desse grupo com o crime organizado.
Em uma delas, um dos torcedores, conhecido como Corredor, conversa com um homem, que segundo a polícia, seria um traficante.
Corredor: Não tem aquela parada que tu passou para mim aquele dia lá no jogo?
Traficante: R$ 25 e R$150, a hora que quiser.
Em outra gravação, os agentes identificaram o chefe da Torcida Jovem Fla, Carlos Renato Silva Santos, o Macedo, pedindo a um homem que levasse cocaína a um bar onde torcedores estavam reunidos.
Macedo: Venha, vem, aqui tem pó. Faz o seguinte: traz pó daí.
“O que nós apuramos é que existe essa vinculação entre integrantes da torcida organizada com o crime organizado, seja ele vinculado ao tráfico de drogas e a milícia. Isso pode estar permeado nas demais torcidas organizadas”, afirma o delegado Rivaldo Barbosa.
Nós tentamos falar com a Torcida Jovem Fla, mas não conseguimos contato.