Na manhã desta quarta-feira, o presidente Roberto Dinamite recebeu a carta demissionária de Frederico Lopes, terceiro vice-presidente a deixar o Vasco neste mês por não concordar com a mudança de rumo na administração. Responsável pela área de patrimônio, ele sai de cena junto ao ex-vice de futebol, José Hamilton Mandarino, e ao ex-vice de finanças, Nelson Rocha, também abandonando o projeto de reforma de São Januário, o qual vinha tocando ao lado de Rocha e outros cruz-maltinos que trabalham fora do clube e tentam agilizar o processo.
No texto, Fred expressa seu lamento com a falta de autonomia recente, já que o mandatário vem centralizando as decisões e delegando a figuras que não reconhecidas como diretores. Ele agradece a chance que teve, mas avisa que não concorda e não reconhece tal conduta. Essa exposição, aliás, já tem feito com que outros conselheiros recusem os convites em meio à crise. Dinamite entrou em contato com quatro pessoas diferentes para assumir os cargos. E acumula negativas, como a do empresário Jorge Salgado, e até a de profissionais remunerados. Por isso, pede ajuda a pessoas influentes para que convençam certos nomes a estarem a seu lado.
O único caso que parece resolvido é o de vice de futebol, que Antônio Peralta deve acumular - hoje, ele é também primeiro vice-geral. O anúncio pode ocorrer até o fim da semana. Há o temor de que outros cartolas saiam até outubro, num verdadeiro efeito dominó. Isso porque os dissidentes indicaram muitos dos que colaboram com a gestão e projetam se articular para criar uma nova chapa para as eleições de 2014 e precisam se fortalecer a partir de agora, formando um panorama político que pode levar o atual presidente ao isolamento sem volta.
É certo que o maior artilheiro da história do clube não estará na linha de frente, mas apoiará alguém, em disputa que promete ter pelo menos quatro candidatos: além das duas pontas, há Fernando Horta, indicado por Eurico Miranda, e Leonardo Gonçalves, da Cruzada Vascaína.