Sem recursos para grandes investimentos e, consequentemente, contratações de impacto, o Vasco decidiu apostar na garotada em 2020. Com boas campanhas e grandes valores nas categorias de base, o clube busca nos jovens a solução técnica e também financeira. Especialmente na geração vice-campeã da Copa São Paulo, no ano passado.
Mas o que aconteceu com a garotada que voltou a levar o Vasco a uma final de Copinha após 20 anos e por muito pouco não levou o troféu contra o São Paulo? A maioria já teve chance no profissional, alguns já estouraram e tem até quem já deixou São Januário. Mostramos a situação de cada um.
Alexander: destaque na Copinha, especialmente pelas defesas de pênaltis, Alexander subiu para o profissional no ano passado e estreou poucos meses após despontar na campanha do Vasco. Em abril do ano passado, por conta de uma lesão de Fernando Miguel contra Santos, na Copa do Brasil, entrou durante o jogo, estreou como profissional e recebeu elogios. Em outubro, renovou seu vínculo até 2022. Em fevereiro, sofreu injúrias raciais durante jogo do Vasco pela Sul-Americana, na Bolívia. Hoje, é terceiro goleiro do Vasco, atrás de Fernando Miguel e Jordi.
Lucão: reserva na Copinha, foi integrado recentemente ao elenco profissional e estreou no Campeonato Carioca, contra o Botafogo. Em fevereiro, renovou contrato até 2023. Aos 19 anos, é uma aposta do Vasco para o futuro.
Cayo Tenório: o lateral-direto foi integrado ao elenco profissional neste ano. Estreou contra o Flamengo, pela Taça Guanabara, e chamou a atenção por tentar uma lambreta no lateral rival Ramon, durante o clássico. Ele participou de mais dois jogos em 2020, na ausência de Pikachu. Recentemente renovou até o fim de 2021.
Nathan: titular no início da campanha na Copinha de 2019, perdeu espaço para Cayo Tenório. Aos 18 anos, é destaque do time sub-20 e quase foi negociado no ano passado com o Valencia, mas a negociação melou na reta final.
Coutinho: o lateral foi integrado no início do ano ao elenco profissional, mas sofreu uma lesão muscular e não jogou. Antes da paralisação, estava liberado pelo departamento médico e vinha treinando normalmente.
Riquelme: aos 17 anos, é tido como uma joia em São Januário. Apesar da pouca idade, há algum tempo participa de treinos com elenco profissional e é observado de perto. Foi relacionado para alguns jogos e deve ganhar oportunidades em breve. Ficou no banco contra o Fluminense, no último jogo antes da paralisação. Vira e mexe tem seu nome ligado a algum clube europeu. Tem contrato até o fim de 2021 e multa de 30 milhões de Euros.
Alexandre: Também lateral-esquerdo como Coutinho e Riquelme, Alexandre foi para a Copinha 2019 como meio-campista e participou de duas partidas. Entrou no segundo tempo da decisão contra o São Paulo. Na sequência da temporada, virou titular absoluto na lateral e chamou atenção de Vanderlei Luxemburgo. Fez sua estreia no empate por 1 a 1 com o Goiás, no Brasileiro do ano passado. Em 2020, jogou cinco vezes. Seu contrato é válido até dezembro.
Ulisses: comprado em 2018 do Diadema, Ulisses logo virou titular do sub-20 e foi um dos destaques na Copinha. Ele foi lançado no time profissional no ano passado por Vanderlei Luxemburgo. O zagueiro, de 20 anos, voltou a ter oportunidades em 2020 quando Abel Braga optou pelo time alternativo.
Miranda: suspenso, Miranda ficou fora da decisão da Copinha, no ano passado. Sua ausência na final até hoje é lamentada. O zagueiro, que estreou em 2018 pelo profissional, é tido como uma revelação na posição e fez seis jogos pelo time principal. No ano passado, sofreu injúria racial durante um jogo da Copa RS, desabafou durante a comemoração de um gol e prestou queixa em uma delegacia, em seguida. Tem contrato até o fim do próximo ano.
Gabriel Norões: apontado como vilão na decisão da Copinha, foi emprestado à Ponte Preta no ano passado até o fim de seu contrato e não está mais no Vasco.
Bruno Gomes: lançado por Vanderlei Luxemburgo no ano passado, Bruno Gomes foi bem, conquistou a torcida e se firmou no profissional. Começou 2020 como titular de Abel Braga, fez bons jogos, mas perdeu a posição para Andrey. Tem contrato até julho de 2021.
Laranjeira: ainda não foi integrado ao elenco profissional e é um dos destaques do time sub-20. Tem contrato até o fim do ano.
Linnick: estourou a idade e foi promovido ao profissional no início do ano. Sofreu uma lesão no início do ano e não teve oportunidade com Abel Braga. Tem contrato até julho e ainda não houve acordo por renovação.
Caio Lopes: um dos destaques no vice-campeonato da Copinha, Caio Lopes voltou a disputar o torneio em 2020, quando teve boas atuações. É um dos destaques do sub-20, mas ainda não teve muitas chances no profissional. Estreou na derrota para o Botafogo, no Carioca. Foi seu único jogo pelo time principal. Após a Copa São Paulo, renovou contrato até janeiro de 2022.
Lucas Santos: um dos protagonistas do Vasco no vice-campeonato da Copinha, ainda não aconteceu no profissional. Recebeu oportunidades e oscilou boas e ruins atuações. Logo após a Copinha, esteve muito próximo de ser vendido ao CSKA, mas acabou permanecendo em São Januário e renovou seu vínculo até 2022. No meio de 2019, foi emprestado ao time russo e retornou em janeiro. Foi testado por Abel Braga no início do ano, mas não agradou e perdeu espaço.
Talles Magno: outro lançado por Luxemburgo. Reserva na Copinha, ganhou oportunidade no profissional em 2019 e explodiu. Principal revelação do clube, é titular e a maior esperança de venda do Vasco. Aos 17 anos, fez 23 partidas e dois gols. Sofreu uma lesão no pé e pouco jogou neste ano.
João Pedro: em seu último ano de base, o atacante segue como um dos destaques da equipe sub-20. Teve oportunidade com Abel Braga no clássico contra o Flamengo, pela Taça Guanabara.
Tiago Reis: destaque e artilheiro do Vasco, com nove gols, na Copinha de 2019, o centroavante foi promovido ao profissional, ganhou oportunidades e virou titular com Alberto Valentim. Na sequência, foi pouco aproveitado por Vanderlei Luxemburgo na reta final do Brasileirão. Marcou seis gols pelo profissional em 2019. Nesse ano, com a contratação de Germán Cano, teve poucas chances e não foi escalado em sua posição por Abel, atuando sempre pelos lados.
Vinícius: foi reserva na Copinha em 2019, mas foi nesse ano que ele aproveitou a visibilidade da competição. Destaque em janeiro, foi promovido e ganhou espaço. Com boas atuações, conquistou a torcida e Abel Braga. Antes da paralisação, virou titular após a lesão de Talles Magno. Em setembro, renovou até 2024.