A CBF convocou os 20 clubes classificados para o Campeonato Brasileiro da Série B a participarem de uma reunião, segunda-feira, em sua sede, na Barra da Tijuca. Quem pensa que se trata de mais um encontro técnico se engana. O presidente Ricardo Teixeira vai anunciar a intervenção da entidade na administração da competição, tirando o poder da Futebol Brasil Associados (FBA).
Será o fim de uma história de seis anos e quatro meses de domínio da FBA, entidade para a qual a CBF terceirizou a administração das propriedades comerciais da Segundona.
A decisão de Ricardo Teixeira foi tomada depois dos problemas que Corinthians (em 2008) e Vasco (este ano) tiveram com a FBA.
Sábado passado, a coluna publicou, com exclusividade, trechos da carta enviada pelo presidente vascaíno, Roberto Dinamite, comunicando à FBA, à CBF e à Rede Globo o rompimento com a primeira.
Na Segundona-2009, que começará a 8 de maio, apenas três dos 20 clubes são filiados ou fundadores da FBA: América/RN, Ceará e Vila Nova/GO.
Neste primeiro momento, a CBF vai reassumir o controle total da Série B. Porém, dará mais voz aos clubes participantes nas questões comerciais. Um dos objetivos é aumentar a arrecadação do campeonato.
A curto prazo, deverá ser contratada ou criada uma agência de marketing para negociar propriedades comerciais, como direitos de TV, tapetes ao lado dos gols e placas publicitárias, além de explorar direitos de internet e de telefonia celular.
Só em 2008, a Rede Globo pagou R$ 30 milhões pela Segundona à FBA, tendo descontado um adiantamento de R$ 2 milhões. Porém, existe grande insatisfação pela maneira como a entidade é dirigida por seu presidente, José Neves.