O lateral-direito Nathan, uma das promessas da base, deixará o Vasco sem nem mesmo ter estreado profissionalmente. O atleta, que completou 19 anos no último dia 5, vai se transferir para o Boavista, de Portugal. O Dia informou a negociação, e o ge confirmou. A Portuguesa-RJ, clube que Nathan defendeu antes de chegar ao Vasco, tentará bloquear a venda (leia mais no final da matéria).
Nathan, cujo contrato com o Vasco é válido até 14 de junho de 2021, será emprestado por um ano, mas ao término deste período uma cláusula obriga o Boavista contratá-lo em definitivo. Os portugueses pagam R$ 1,2 milhão agora e outros R$ 6,9 milhões no ano que vem, quando o jovem assinará contrato válido por cinco temporadas.
Nathan treinou com os profissionais em 2020, chegou a ser relacionado por Abel Braga para os clássicos contra Flamengo e Botafogo, mas não foi utilizado.
Atualmente, Nathan fazia parte do elenco sub-20 e, inclusive, treinou na manhã desta terça-feira juntamente com seus companheiros de olho na estreia do Vasco no estadual da categoria, marcada para quarta, às 15h (de Brasília), contra a Cabofriense.
Após o treino, porém, Nathan se encaminhou para São Januário juntamente com seu staff para sacramentar a transferência para o clube português.
Portuguesa-RJ tentará bloquear venda
Antes de concretizar a venda, o Vasco enfrentará uma tentativa de bloqueio da transferência por parte da Portuguesa-RJ, clube que Nathan defendia antes de chegar a São Januário. O presidente da Lusa, Marcelo Barros, confirma que o clube da Ilha do Governador irá atrás de seus direitos.
O litígio entre os clubes já vem desde janeiro de 2019, quando o jogador, então com 17 anos, esteve perto de ser vendido ao Valencia, da Espanha.
Na ocasião, a Portuguesa alegou que, caso Nathan assinasse contrato profissional com o Vasco, caberia ao clube de São Januário repassar 30% dos direitos econômicos de uma futura venda. O Vasco não reconheceu tal acordo, o que fez a Lusa notificar o co-irmão judicialmente.
Vale destacar que nos registros de Nathan junto à CBF não consta vínculo passado do atleta com a Portuguesa-RJ.
Em matéria publicada pelo ge no ano passado, foi revelada a reclamação da Lusa. Obtido com exclusividade pelo ge, o contrato em papel timbrado enviado pelo jurídico do Vasco traz na cláusula segunda o seguinte: "Na hipótese de assinatura de contrato profissional entre ATLETA e VASCO, este último passará a ser detentor de 100% (cem por cento) dos Direitos Federativos e Econômicos sobre o primeiro e pagará a PORTUGUESA o percentual de 30% (trinta por cento) sobre o valor de uma futura transferência onerosa, sendo que o prazo para pagamento e/ou repasse do valor equivalente, será de 72 horas a contar da data do recebimento da importância pelo VASCO".