Edmundo é um ‘rato de praia’ assumido. Mar é com ele mesmo. Mergulhando, pegando ‘jacaré’, jogando futivôlei na areia com os amigos, o Animal tem na praia seu habitat favorito. Até para uma paquera.
“A praia é o quintal da minha casa, o lazer nas folgas e até no trabalho. Gosto de treinar à beira do mar. E ainda dá para olhar a mulherada”, brinca Edmundo.
Para ele, que tem o mar de São Conrado como vizinho, o Rio não seria o mesmo sem praia e Maracanã.
“O que o carioca faz de melhor é ir à praia. Quando o tempo está cinzento, ele fica triste. Sem praia e Maracanã, o Rio não teria tanta graça”, define o niteroiense, que virou carioca por adoção.
E, hoje, o Animal volta ao Maracanã, sua outra paixão, com a missão de não deixar o Vasco ‘morrer’ na praia, na semifinal da Taça Rio contra o Fluminense.
“O Vasco já perdeu o que tinha de perder. É hora de ganhar ou, no mínimo, levar a decisão para os pênaltis”, afirma ele, certo de que a ‘caravela’ não vai naufragar.
Tal como o navegante Vasco da Gama, que superou mares bravios até chegar às Índias, o time vive uma tormenta: não venceu um clássico no Estadual (perdeu três e empatou um).
Mas Edmundo sabe como ajudar o Vasco a pisar em terra firme e ganhar a vaga na final contra Flamengo ou Botafogo.
“É o jogo de nossas vidas. Dizem que somos a quarta força, mas queremos ser a primeira. É hora de dar tudo”, convoca o capitão, apostando em seus ‘marujos’.
Apesar das nuvens sombrias — o Vasco tem o pior retrospecto dos grandes—, Edmundo aposta que a caravela vascaína não irá a pique na reta final da Taça Rio.
“Tudo conspira a nosso favor. O Fluminense teve o desgaste de jogar quarta-feira em Buenos Aires, pela Libertadores, enquanto nós aproveitamos a semana inteira para treinar”, lembra.
Seu retrospecto, porém, não é dos melhores para quem teve a missão de assumir o comando da tripulação. Depois de perder um pênalti na estréia, contra o Flamengo, na semifinal da Taça Guanabara, Edmundo fez seis gols, mas cinco de pênalti e só um de bola rolando. Resultado: vaias.
Mas, apesar dos 37 anos, o capitão acredita que voltará a ser decisivo, hoje. “Gosto e costumo me dar bem em jogos decisivos”, afirma o capitão da nau vascaína, apostando em sua ‘estrela’.