Prass diz que tristeza do grupo mostra o comprometimento

No lugar das brincadeiras rotineiras, semblantes mais fechados. Gritos, só mesmo os suficientes para incentivos e alguns elogios a uma jogada certa. O Vasco viveu um dia bem diferente em São Januário. Acostumado a ganhar, o time se vê no pior momento do Brasileirão e, talvez, o pior sob comando de Cristóvão Borges, que completa um ano nesta terça-feira. A maioria dos titulares não foi a campo, para trabalhar a parte física na academia, e não foi a campo.

O goleiro Fernando Prass admitiu que a fase não dá margem para sorrisos e vê um fator positivo nessa postura mais preocupada, que pode ajudar na hora de escapar do buraco.

- Não é exatamente abatimento, é reflexo do que se passa. Aqui já aconteceram coisas ruins, mas tem horas que essa reação muda também. É até interessante ver que muitos chegaram tristes, mostra o comprometimento. Não estamos contentes, há esse afastamento dos líderes que incomoda. Mas às vezes é bom ser introspesctivo para ver melhorar os detalhes no treino que precisamos melhorar. Não podemos ficar tranquilos, achar que está tudo bem, porque, quando nos dermos conta, fica tarde demais - frisou o camisa 1.

A campanha ao fim do turno, no entanto, aponta 61,4% de aproveitamento, mantendo o Vasco no G-4. Prass ressalta que não se deve jogar fora o trabalho construído até aqui e não compartilha da opinião do treinador, que disse que o time se superou, já que, diante de todas as dificuldades, deveria estar brigando no meio da tabela.

- É boa (a campanha), mas seria muito positiva se estivéssemos em primeiro. Realmente a situação financeira é complicada e nós perdemos quatro jogadores de nível de Seleção. Para repor de uma vez só e no meio do campeonato, não é fácil. Mudamos estilo de jogo, são características sempre diferentes. O Atlético-MG trouxe um goleiro de Seleção, o Ronaldinho, o Jô... o Fluminense, em termos de investimento, nem se fala. O Grêmio também, com Marcelo Moreno, Kleber, Elano, Zé Roberto. O Inter tem o Forlán e o Juan agora, não vendeu u Dammião. São todos muito fortes e preparados - elogiou.