Existem dois fatores que têm feito a diferença para o Vasco em 2018: o bom condicionamento físico da equipe e a capacidade de mudar o rumo do jogo com as três substituições possíveis. Vitórias como a de domingo passado, sobre o Atlético (MG), reforçam a fama de time da virada. Mas além da mística, estão pontos fortes na temporada, que o colocam acima dos rivais no futebol carioca.
Uma antiga reclamação dos vascaínos era a respeito da queda de rendimento dos jogadores no segundo tempo. Desde que Ricardo Henriques assumiu a preparação física — ele chegou ao Vasco com Zé Ricardo —, o quesito evoluiu. As críticas ao preparo físico respingavam inclusive em Alex Evangelista, ex-gerente científico do clube.
Isso, somado à diminuição da média de idade do time titular, faz com que 32,5% dos gols marcados em 2018 saiam depois dos 35 minutos do segundo tempo. Entre os grandes do Rio de Janeiro, somente o Flamengo consegue ser mais decisivo nesse mesmo recorte temporal.
Ainda assim, ter pernas para correr atrás do resultado mesmo tão próximo do apito final não é o bastante. O Vasco é o time do Rio com o banco mais efetivo da temporada. Nada menos que 39% dos gols marcados pelo Cruz-Maltino foram de autoria de jogadores que entraram no decorrer das partidas. O mérito, neste caso, é compartilhado. Os reservas atravessam boa fase e Zé Ricardo tem acertado nas mudanças.
- Estamos executando de forma clara o que ele tem pedido. Com isso, conseguimos o resultado no fim - afirmou Wagner, já projetando a partida contra o o argentina Racing, na quinta-feira, fora de casa, pela Libertadores: - Precisaremos de 110% de concentração. Vamos lutar. E talvez trazer de lá mais do que um ponto na tabela.