A CBF não tem nenhum movimento para adiar o início da Copa do Brasil por conta do agravamento da pandemia de coronavírus como foi pedido pelo técnico do América-MG, Lisca. A informação foi dada pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, ao blog.
Entendemos que qualquer pleito ele deva submeter ao presidente do seu clube", afirmou Caboclo.
Em entrevista após jogo do Campeonato Mineiro, Lisca ponderou que deveria se manter a realização dos Estaduais e não iniciar a Copa do Brasil porque esta implica em deslocamentos pelo país. Na visão do treinador, a competição nacional, marcada para ser iniciada 9 de março tem maior potencial de contaminação e seria um problema em um país com mais de mil mortes diárias em média por Covid.
"As pessoas falam que precisam de entretenimento, precisam do futebol. É questionável, mas tudo bem. Se é para fazer, vamos fazer só os estaduais, com mais controle, mais isolamento, sem contato. Meu medo é o potencial de transmissão da Copa do Brasil. Imagina uma delegação do Rio Grande do Sul ir para Manaus, Roraima, Minas Gerais. Tem que passar por aeroporto, fazer escalas. Esse vírus passa muito mais rápido, propaga mais, mata mais", disse Lisca à Band, nesta quarta-feira.
Mas a CBF entende que os protocolos contra coronavírus estabelecidos no Brasileiro são seguros porque preveem a testagem de todos os participantes do evento. Os surtos ocorridos em times durante o Nacional são atribuídos a quebras de protocolo por parte de integrantes dos times.
A posição da confederação é de seguir as orientações das autoridades federal, estadual e municipal. Neste momento, não há nenhum veto do Ministério da Saúde à realização do futebol. Nos Estados, Rio de Janeiro e São Paulo mantiveram a realização de jogos, assim como a maioria das regiões. Houve paralisações dos Estaduais do Ceará, Santa Catarina e Paraná.
A nova onda de contaminação por coronavírus tem causado colapso no sistema de saúde do país e atingiu recorde de mortes nos últimos dias. Foram quase 2 mil mortes nesta terça-feira.
Em 2020, o futebol paralisado por cerca de três meses após decisão conjunta da CBF e das federações estaduais.