O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, respondeu na manhã desta quinta-feira as ameaças de Eurico Miranda de não mandar o Vasco a campo em jogos no Maracanã onde a torcida vascaína não fique posicionada entrando pela Rua Eurico Rabelo, no lado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
O Cruz-Maltino adquiriu o direito de nunca mudar de lado por ter sido o primeiro clube a conquistar o título do Campeonato Carioca na Era Maracanã. A história, porém, começou a mudar quando o Fluminense assinou convênio com o Consórcio Maracanã e colocou uma clausula que lhe dá o direito de posicionar sua torcida sempre do lado onde antes era do Vasco."O Fluminense respeita as leis e assinou um contrato de trinta e cinco anos com o consórcio prevendo questões estratégicas na escolha deste lado. O Tricolor das Laranjeiras tem vestiário temático no estádio e uma loja. Portanto, não tem sentido mudarmos de lado. Além disso, tem a questão de segurança. Nossa principal torcida organizada chega ao estádio pelo lado onde hoje se encontra nossos torcedores. A do Vasco chega justamente pelo lado contrário. Portanto, não há motivos para mudanças", explicou Peter, em tom ameno.
A polêmica foi reacendida na última quarta-feira, quando o presidente do Vasco, Eurico Miranda, falou sobre a antiga conquista do Vasco. "O estádio não mudou, continua com esse nome. Não falo isso por intransigência, por birrinha, nada disso. Isso é por direito. O Vasco foi o campeão em 1950 e foi dado a ele o direito de escolher o lado que sua torcida ia ficar", declarou o dirigente em reunião da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).