A eleição do Vasco ganhou um fato novo em Brasília, com a ação do Solidariedade no Superior Tribunal Federal, contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de validar o pleito do dia 14 de novembro e, consequentemente, a vitória de Jorge Salgado.
Paulinho da Força, presidente do partido, explicou como a legenda entrou na disputa entre Luiz Roberto Leven Siano e Salgado. O político afirmou que Leven Siano conversou com Tiago Cedraz, advogado do Solidariedade, a respeito do tema.
Foi Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, quem levou a questão até Paulinho da Força.
— Eu concordei com a história de que eleição virtual é prejudicial a todas as entidades do Brasil. Isso poderia virar uma onda de decisões por eleição virtual. A eleição virtual é muito vulnerável. Portanto achei que é injusto, que se pudesse fazer uma eleição virtual, sem nem saber se o sócio está realmente votando, e achei por bem que deveríamos entrar com a ação.
Quem assina a ação é o outro advogado do Solidariedade, Daniel Soares Alvarenga de Macedo. Nela, o partido argumenta que o estatuto do Vasco, que não versa a respeito de eleição virtual, somente eleição presencial, deve ser respeitado. Ela pede efeito suspensivo sobre a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio em julgamento ocorrido no último dia 17.
Faues Mussa, presidente da Asssembleia Geral do Vasco e responsável pela convocação do pleito online no dia 14 de novembro, se escora em uma mudança na Lei Pelé por causa da pandemia da Covid-19, para ter optado pela eleição remota.
Procurado, Jorge Salgado, presidente eleito do clube com a validação da votação do dia 14 de novembro, não se pronunciou. Pela assessoria, "informa que a eleição é assunto encerrado e que seu foco está em completar a transição e nos enormes desafios que o Vasco tem pela frente".
Entretanto, sabe-se que os advogados do grupo político "Mais Vasco", que levou Jorge Salgado à presidência, já trabalha para tentar enfrentar possíveis desdobramentos da ação do Solidariedade no STF e também de Luiz Roberto Leven Siano e de Roberto Monteiro no TJ-RJ.
Procurado, Luiz Roberto Leven Siano não foi encontrado até a publicação da reportagem.