A Assembleia Geral Extraordinária que aprovou as eleições diretas para presidente no Vasco, neste domingo, continua causando discórdia entre os poderes do clube. Nesta segunda, em nota conjunta, os presidentes do Conselho de Beneméritos (Roberto Monteiro), do Conselho Fiscal (Edmilson Valentim) e do Conselho Deliberativo (Sílvio Godói) criticaram a forma como o processo vem sendo conduzido e a convocação da Junta: "Nascimento de mais um processo eleitoral nulo".
Em nota, os presidentes de poderes apontam supostos erros do presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, na condução do processo.
Nesta segunda-feira, às 17h, nova sessão virtual vai reunir Faues Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, e os presidentes dos demais poderes do Vasco. Depois de brigas sem fim na Justiça por conta da AGE, que, mesmo com efeitos sub judice, aprovou a eleição direta, a expectativa é de que o encontro, que inicia o processo eleitoral do clube – previsto para a primeira quinzena de novembro -, siga turbulento.
Com 1.362 votos a favor, 22 contra e seis em branco, foi aprovada, neste domingo, as eleições diretas para presidente no Vasco. O resultado, porém, está sob judice. No sábado, o desembargador André Emilio Ribeiro, no plantão do judiciário, concedeu liminar a dois sócios do clube que questionam ritos do processo comandado pelo presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, o Mussa. Por isso, suspendeu os efeitos da AGE até ser analisado pelo relator competente no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Nota Conjunta dos Presidentes do Conselho de Beneméritos, do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo do CRVG sobre o “Edital de Convocação” da Junta Deliberativa que nos foi enviado pelo presidente da Assembleia Geral, para início dos trabalhos, na data de hoje, do processo eleitoral referente às eleições de 2020.
Prezados sócios do CRVG, lamentamos vir a público para, mais uma vez, apontar os erros crassos que vem, sistematicamente, sendo praticados pelo presidente da Assembleia Geral na formação dos ritos estatutários.
Estamos assistindo ao nascimento de mais um processo eleitoral nulo pela incompetência e incapacidade de condução do mesmo, por parte do presidente da AG.
Destacamos para isso, primeiro, o fato do referido “edital” não mencionar o Artigo Estatutário que tem como finalidade reunir a Junta Deliberativa, conforme descrito no Artigo 61 do Estatuto Social do CRVG.
Surpreende o fato de o tal “edital” fazer menção ao Artigo 15 do Regimento Interno da Assembleia Geral (RIAG) que trata de Assembleia Geral Extraordinária e não de Assembleia Geral Ordinária.
Adicione-se a isto a omissão de não fazer referência aos objetivos da Junta Deliberativa de definir a lista de sócios ELEGÍVEIS, bem como, de ELEITORES, nesse caso em função do RIAG.
Chega a ser cômico, o patético “copia e cola”, no qual pede e repete requerimentos feitos para a A.G.E., aos quais a Junta já tem acesso às informações desde 2015, principalmente quanto aos sócios que ingressaram de 20 de Janeiro de 2018 até a data de 30 de junho de 2020, restando tão somente julho e agosto deste ano ou até a expedição do “edital” (28 de Agosto de 2020) e neste caso não menciona nenhum artigo do Estatuto que fundamente esse entendimento surreal e de onde tirou esta conclusão despropositada.
Esquece ainda que a chamada “data de corte” é definida pela Junta Deliberativa, com base nas disposições estatutárias.
Enfim, começamos o processo eleitoral fundamental para o Vasco onde o presidente da AG, e seus assessores demonstram falta de respeito e conhecimento do Estatuto Social, dando mostras de não ter capacidade para estar à frente de um processo eleitoral do CRVG.
Roberto Monteiro - Presidente do Conselho Deliberativo
Sílvio Godói - Presidente do Conselho de Beneméritos
Edmilson Valentim - Presidente do Conselho Fiscal