O Vasco perdeu o segundo jogo na temporada, em quatro disputados. Foi castigado pelo calor de meio-dia no verão carioca, e castigou os pouco mais de 3 mil torcedores que, apesar das condições adversas, foram a São Januário ver a partida contra o Boavista, que deveria ter acontecido quinta-feira, mas que foi adiada por conta das chuvas. O placar adverso de 1 a 0 e o começo ruim em 2020 aumentam a pressão sobre o trabalho do técnico Abel Braga.
Dependendo dos resultados de Madureira e Volta Redonda nas partidas que terão no sábado, o Vasco poderá estar eliminado da Taça Guanabara faltando ainda duas rodadas a serem disputadas. Mas o problema segue sendo as atuações ruins, piores do que as próprias derrotas.
Sem um padrão de jogo claro e exposto defensivamente, a equipe deu os contra-ataques para a Cabofriense durante todo o primeiro tempo. O time da Região dos Lagos, que até então havia perdido os três jogos em 2020, abusou do direito de desperdiçá-los. Até que um encaixou, Werley cometeu pênalti e, aos 46 minutos, Léo Aquino abriu o placar.
Na volta do intervalo, o Vasco entrou com alterações, a principal, Vinícius no lugar de Gabriel Pec. O garoto se transformou na melhor arma ofensiva do time, com cruzamentos e dribles abertos como ponta. Caiu três vezes na área, pedindo pênalti, não marcados, e deixou Talles Magno pronto para empatar o jogo já no fim da partida. O camisa 11 isolou e Vinícius foi um dos únicos jogadores poupados de vaias.
Aos torcedores, além do calor insuportável, que fez com que seis pessoas fossem atendidas no posto médico até pouco antes do intervalo, restou a bronca. Abel Braga foi um dos principais alvos, assim como Werley e Gabriel Pec. O presidente Alexandre Campello também foi alvo de críticas.
Na próxima rodada, o Vasco enfrentará o Botafogo, domingo, no Nilton Santos. Inicialmente, Abel deve escalar os reservas no clássico, de olho na partida da outra quarta-feira, contra o Oriente Petrolero, da Bolívia, primeira fase da Copa Sul-Americana.