Futebol

Procurador do STJD comenta o que pode acontecer a Edmundo

O procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, comenta a denúncia contra o atacante Edmundo, do Vasco, que após a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, no último domingo (08/06), no Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, criticou à imprensa o árbitro Wilson Souza de Mendonça (PE), proferindo "É um ladrão, safado, filha da puta".

Aos 25 minutos do segundo tempo, a Raposa marcou o seu gol após o juiz assinalar um tiro livre indireto dentro da área, por entender que o goleiro Tiago demorou mais de cinco segundos para repor a bola em jogo.

O Animal será incurso no artigo 252 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): Ofender moralmente o árbitro ou seus auxiliares. PENA: suspensão de 2 (duas) a 6 (seis) partidas, provas ou equivalentes.

"Ontem chegou a prova de áudio, que foi requisitada, das ofensas que teria proferido o jogador. Nós ouvimos e o procurador da rodada, que é o Dr. Luiz Felipe Peralta, já vai formular a denúncia por infração ao artigo 252, código que tem previsão de pena de duas a seis partidas", disse ao jornalistas João Guilherme, no programa "Manchete Esportiva 1ª Edição, da Rádio Manchete.

PASSADO DO ANIMAL AGRAVAR A SUA PENA

"Não. O critério de induzimetria da pena leva em consideração a gravidade da infração, os meios empregados e motivos determinantes. Só a questão da circunstância atenuante e agravante seria um dos elementos para puxar a pena mais para cima. Vai depender do julgador. Não acredito que só a reincidência pudesse ser elemento suficiente para agravar a penalidade. Acho que tem que avaliar todo o contexto".

RECURSO DO ÁUDIO

"Isso já é alguma coisa que tem servido de suporte para a denúncia da procuradoria e os julgamentos. Mas, infelizmente, ainda não tem surtido o efeito inibidor, porque mesmo sabendo que hoje tudo é filmado e gravado, os atletas e dirigentes ficam praticando infração. Infelizmente é assim".

LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O ASPECTO EMOCIONAL


"Se for assim, é comum e correto estando em lados apostos. É preciso que todos os protagonistas do espetáculo tenham respeito mútuo. O árbitro, por mais que tenha apitado mal uma partida, não sai xingando o jogador. É isso que espero, que tenha uma conduta minimamente razoável na esfera da atividade esportiva. Não tem como a procuradoria fechar os olhos. Ela tem que denunciar. Agora, se vai ser absolvido ou condenado, vai depender do julgamento".

Fonte: Vasco Expresso
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