Detido pela Polícia Federal na última segunda-feira, dia 3 de maio, o atacante Júnior, do Vitória, deve encontrar problemas também na Justiça Desportiva. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) abriu um inquérito para apurar o caso e, caso a irregularidade do atleta seja comprovada, tanto ele quanto o próprio clube serão denunciados. Com isso, a Copa do Brasil pode ser paralisada até o desfecho do caso.
Recai sobre o atacante a suspeita de utilização de passaporte falso no retorno ao Brasil. Júnior veio de transferência do futebol dinamarquês e teria usado do artifício por saber que estava sendo investigado por motivo semelhante. Isso porque há uma acusação de que ele teria falsificado documentos da transferência do Treze/PB para o exterior, ainda em 2003.
Um inquérito foi aberto e está sendo conduzido pelo Dr. Alexandre Quadros (auditor do Pleno do STJD). Pode haver denúncia por falsidade e escalação irregular, mas isso depende do que a investigação solicitar, afirmou o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, ao site Justicadesportiva.com.br.
O jogador pode acabar denunciado por falsificação de documento perante entidade desportiva, conforme previsto no artigo 234 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que determina suspensão de 180 a 720 dias e multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Além disso, o Vitória pode ser intimado a responder por escalação irregular, conforme o artigo 214, cuja pena é a perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, e multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Vale lembrar que o Goiás, adversário do Vitória nas oitavas de final, enviou uma notícia de infração ao STJD comunicando a escalação irregular do atleta e requerendo a denúncia ao clube com a consequente perda dos pontos conquistados nas partidas daquela fase. O problema é que o jogador vem sendo relacionado desde o primeiro jogo da competição.