O Vasco vai a julgamento hoje, às 15h, pela escalação de Jéferson na estreia do time no Estadual, diante do Americano. Caso a escalação seja julgada irregular pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o clube perderá seis pontos, além dos três que já deixou de ganhar por ter perdido a partida, e ainda arcará com uma multa. O diretor jurídico do Vasco, Luiz Américo, se mostra tranquilo e conta com as declarações do procurador-geral do tribunal e do diretor jurídico da Ferj, que não concordam com a possível punição. O autor da denúncia no TJD e procurador da 4ª Comissão Disciplinar, José Flores, garante, contudo, que o risco de condenação é real e que o Vasco arriscou ao escalar o jogador.
- A liminar obtida pelo Vasco reativou o contrato com o jogador, mas para ter condição de jogo, tem de estar regular, sem pendências, no Bira (registro online da Federação do Rio). O risco de punição é real. Mas com essa particularidade da liminar, será um julgamento polêmico e apertado. Os clubes tomam muito cuidado com isso. Achei até estranho passar despercebido no Vasco. Eles arriscaram - avaliou Flores.
Jéferson enfrentou o Americano por força de uma liminar da Justiça do Trabalho, obtida e enviada à Ferj duas horas antes do jogo. Como não havia expediente no sábado, o Bira não foi alterado. Essa decisão cassava a ordem judicial que suspendera o contrato de Jéferson, dias antes, por conta de um litígio com o ex-clube, o Brasiliense. Antes dessa suspensão de contrato, o jogador aparecia como regular no Bira.
- Isso é automático. A pendência era uma decisão judicial que foi cassada. Quem age de boa fé e de acordo com o regulamento não pode ser prejudicado - disse Luiz Américo.
Enquanto isso, o ex-vice de marketing, José Henrique Coelho, convocou coletiva para 12h, para explicar o conteúdo de sua carta de demissão do Vasco, onde fez graves acusações à administração atual, que ajudou a colocar no poder. À tarde, o elenco se apresenta no Vasco-Barra.