Futebol

Proibição de venda de bebibas alcoólicas se estenderá a São Januário

Se a proibição de vender bebidas alcoólicas nos estádios já não agradava aos torcedores, a ordem da prefeitura de estender a Lei Seca aos bares no entorno do Maracanã, duas horas antes e depois dos jogos, foi a ‘gota d’água’ — sobretudo para os comerciantes das nove ruas onde a determinação se aplica. Amedida, antecipada ontem pelo ‘Informe do DIA’, é por tempo indeterminado e poderá se estender a São Januário e ao Engenhão, segundo o prefeito Eduardo Paes. “Como não se pode beber no estádio, as pessoas ficam nos bares do lado de fora esperando até o último minuto. Essa medida vai reduzir a baderna no entorno”, justificou ele.

A medida não atinge apenas bares e restaurantes.vVendedores ambulantes de qualquer produto — como churrasquinho e cachorroquente — também estão proibidos de circular nos arredores do estádio. Torcedores que insistirem no consumo de bebidas alcoólicas ao redor do Maracanã no período — mesmo se trouxerem de casa—serão detidos.

No decreto, Paes cita “os freqüentes atos de vandalismo e violência e a perturbação da ordem pública”. Ainda desinformados da decisão, lojistas previram um rombo de 50% no faturamento. A maioria dos 17 estabelecimentos localizados no ‘cinturão’ depende da venda de cerveja nos dias de jogo.

O ‘Bar e Lanchonete dos Esportes’, na Rua Eurico Rabelo, ao lado do Maracanã, amargará um prejuízo de cerca de R$ 2,5 mil por partida.

“Das 40 caixas de cerveja que costumo vender nos dias de jogos clássicos, só colocarei umas 20”, reclamou o comerciante Daividson Pontes, dono do lugar.

O secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, adiantou que não cobrirá o prejuízo desses comerciantes.

“Realmente haverá prejuízos, mas é preciso pensar no bem maior, que é a segurança e a ordem. Isso é só o início do que queremos fazer para atender aos critérios da Fifa, pensando na Copa de 2014”, justificou.

Freqüentadora assídua dos bares próximos ao Maracanã, a vendedora Marli de Oliveira, 33 anos, não gostou nada da idéia. “É um absurdo. Os bares fazem parte do programa de quem vem torcer por seu time. Acabou a graça!”, protestou.

Quem também não gostou foram os vendedores da Ambev naquela região. Eles ganham por comissão e já sabem que terão redução nos próximos salários.

Sindicato aprova a Lei Seca

O Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), apesar de reconhecer o prejuízo para os comerciantes, apoiou a determinação.

“Vamos acatar a ordem, mas é preciso combater com rigor os ambulantes ou o prejuízo será ainda maior”, disse o presidente do sindicato, Alexandre Sampaio.

Apesar de ser um decreto administrativo e, por isso, tem de ser cumprido, a determinação de Paes de deter quem estiver bebendo pode esbarrar na Constituição. Segundo o advogado Ricardo Ferreira, especialista em Direito Público e Constitucional, exceto quando estiver causando tumulto ou colocando em risco a própria segurança e também a de outras pessoas, o torcedor não estará cometendo um crime ao consumir bebida alcoólica em lugares públicos. “Ele pode até ser levado para delegacia, mas não poderá ser indiciado, porque este ato é inconstitucional”, explica.

A Operação Tolerância Zero, que será realizada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública, a Guarda Municipal e a Polícia Militar em todos os dias de jogo, a partir de amanhã, contará com 102 guardas e 180 PMs. No estádio, o Gepe vai destacar 300 policiais.

Será proibido também estacionar ao longo da Avenida Radial Oeste e embaixo dos viadutos.

Fonte: O Dia / Netvasc o
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