Optar pela troca de treinador, a esta altura, com a indefinição política do clube e as fragilidades técnica e emocional do time, é passo arriscado demais.
Mas é o que conselheiros e aliados políticos do presidente do Vasco Alexandre Campello pedem após os 4 a 0 impostos pelo Grêmio, em Porto Alegre.
Foi a segunda goleada seguida no Brasileiro, o suficiente para aumentar a pressão para que Campello demita o português Sá Pinto.
O treinador tem média de 1,12 pontos por jogo em oito rodadas, e nesta batida somará mais 16 pontos nas 15 restantes, terminando com 40 pontos.
Os vascaínos pedem o retorno de Vanderlei Luxemburgo que deixou o Vasco há um ano, após livra-lo do rebaixamento com média de 1,41 em 34 rodadas.
Se a repetisse nesta reta final, o time somaria mais 21 pontos nas rodadas restantes e terminaria a Série A com 45 pontos.
A discussão é boa para quem está de fora, péssima para quem tem de tomar uma decisão para evitar o quarto rebaixamento do Gigante.
A diretoria, por ora, resiste à pressão, porque a solução nem sempre está na troca do treinador.
Entre os que passaram pelo clube na atual gestão, Vanderlei foi quem soube ser multidisciplinar, suprindo carências que não diziam respeito só ao campo e bola.
E isso faz com que os vascaínos vistam a fantasia de super-herói no técnico dispensado pelo Palmeiras em outubro.
Principalmente agora que Sá Pinto já se mostra perdido no meio de tanta incompetência no departamento de futebol.
A semana promete ser das mais agitadas em São Januário...