Obra dos sonhos dos vascaínos, a reforma e ampliação de São Januário terá de esperar. A entrega do projeto feito pela Lusoarenas, empresa especializada na construção e modernização de arenas esportivas, foi adiada para maio. Em janeiro, quando iniciou as conversas com a diretoria do Vasco, o grupo previu a apresentação do novo estádio para este mês.
A previsão atual da empresa portuguesa coincide com o possível período da nova eleição para o conselho deliberativo do clube, confirmada pela Justiça. Segundo Marco Antônio Herling, vice-presidente da Lusoarenas, o atraso na elaboração do projeto não está relacionada com a atual instabilidade política vascaína.
- Este certo atraso que tivemos não tem relação alguma com o momento interno do Vasco. Estamos buscando a parceira com a instituição e tenho certeza de que a proposta é muito interessante para o clube, independentemente de qual for a diretoria. Nós, da Lusoarenas, estamos totalmente isentos neste caso - afirmou.
A apresentação do projeto deverá ocorrer no encontro entre o presidente interino Eurico Miranda e António Espírito Santo Bustorff, inicialmente marcado para fevereiro, mas que teve de ser adiado por conta de problemas particulares do presidente da Lusoarenas. Herling, que também estará presente na reunião, afirmou que o atraso na entrega do projeto foi decorrente da dificuldade de demarcação da área em torno de São Januário.
MUV confirma interesse, mas com restrições
Presidente do Movimento Unido Vascaíno, José Henrique Coelho garantiu que é intenção do grupo de oposição, caso vença a nova eleição, dar continuidade ao projeto de reforma de São Januário. Entretanto, Coelho destacou que processo deve ser guiado de forma diferente.
- A Lusoarenas é uma empresa séria, com reconhecimento internacional e a idéia da reforma também é nossa. Entretanto, as coisas não podem ser feitas da forma como têm sido atualmente. Palmeiras e Corinthians também estão com a intenção de reformarem ou construírem estádios. Só que eles criaram uma comissão com os sócios para que pudessem chegar num consenso sobre como devem ser as obras - destacou.