O Ministério Público de São Paulo recebeu denúncias de que pode haver confronto envolvendo torcedores de Corinthians, Vasco e até do Palmeiras no trajeto da caravana das organizadas corintianas até o Rio de Janeiro.
Também há risco nos arredores do estádio São Januário antes da partida de hoje, válida pela Libertadores.
As informações foram repassadas ao Ministério Público do Rio de Janeiro e à Polícia Militar, disse o promotor Thales Cesar de Oliveira, que coordena grupo de estudos sobre violência nos estádios.
O jogo entre Vasco e Corinthians é considerado de alto risco pela ligação entre uniformizadas do time do Rio e do Palmeiras. Há temor de que palmeirenses tentem retaliação contra os corintianos pela morte de dois membros da Mancha Alviverde em confronto no dia 25 de março, na zona norte de São Paulo.
\"As denúncias foram feitas com base em acertos de briga pela internet. Precisamos prevenir\", disse Oliveira.
Os corintianos terão direito a 2.100 ingressos. A Polícia Rodoviária Federal ficará responsável pela escolta por todo o trajeto na Via Dutra, estrada que liga os estados.
Na divisa entre São Paulo e Rio, a PM fará a revista.
Também preocupa as autoridades o fato de a Gaviões da Fiel estar sem seu presidente, Antônio Alan Souza Silva, preso suspeito de participar da briga do final de março, e seu vice, Wagner da Costa, foragido porque também teve a prisão temporária decretada. O temor é que, sem os líderes, o controle sobre torcedores mais violentos fosse prejudicado.
A Folha apurou que o diretor Tadeu Macedo de Andrade comanda a torcida informalmente. Ele já tem influência e foi o sócio mais votado em janeiro na eleição para o Conselho Deliberativo da organizada corintiana.
Na semana passada, a Mancha expulsou um e suspendeu oito associados porque são investigados pela briga de março. A intenção foi também a de intimidar a possível retaliação.