E Rodrigo Caetano decidiu: ficará no Vasco, embora o Fluminense (leia-se Unimed) tenha lhe acenado com salários três vezes maiores aos que recebe em São Januário (a proposta era de R$ 300 mil/mês mais luvas e prêmios). Caetano preferiu não mudar de ares ao perceber a péssima repercussão que o noticiário sobre a possível mudança já acarretava, ameaçando a sua imagem de profissional sério, ético e cumpridor de contratos.
De todo o episódio o que me chamou mais a atenção, entretanto, foi a exagerada valorização que o futebol começa a dar a pessoas que ajudam e são importantes, sim, mas não me parecem tão decisivas nos destinos de um clube.
Processo semelhante ao que elevou os técnicos, os professores-doutores da bola a patamares de superastros que, na grande maioria das vezes, eles simplesmente não são e nem merecem as delirantes fortunas que recebem.
O mundo do futebol virou uma autêntica Disneylândia. E depois os patetas que os dirigem não sabem por que os clubes quebram... Ou sabem e até têm interesse nisso e os patetas somos nós? Oh, dúvida cruel...
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)