Uma ação que corre na Justiça tem tudo para movimentar ainda mais o clima político no Vasco faltando cinco dias para a eleição do clube. É aguardada uma decisão para que cerca de 690 sócios que estão sob suspeita de irregularidades sejam obrigados a votar em urnas separadas com os dados confrontados pelo Ministério Público. O Cruzmaltino ainda não foi notificado, mas mesmo que a sentença seja oficializada, ainda cabe recurso.
O ato jurídico foi feito pela chapa "Mudança com Segurança", do candidato Fernando Horta, e envolve pessoas que se associaram ao Vasco entre novembro e dezembro de 2015. Os opositores acusam tal movimentação de ser uma espécie de "mensalão" da atual diretoria, administrada por Eurico Miranda.
Em 17 de outubro, o UOL Esporte já havia revelado uma notificação feita pelo presidente do Conselho Fiscal e aliado de Horta, Otto de Carvalho, em relação a cerca de 5 mil sócios no universo de pouco mais de 10 mil aptos a voto no pleito deste ano. As suspeitas giravam em torno de associações em massa em meses específicos, nomes de pessoas já falecidas, cadastros incompletos com falta de CPF's e endereços, entre outras questões. Três dias após a notificação, o Vasco respondeu rebatendo e detalhando cada item.
Além da suspeita de mensalão, a oposição também se movimenta juridicamente para tentar impedir a nomeação de 28 sócios aos títulos de beneméritos e grandes beneméritos. Após bloqueios em duas oportunidades, o clube conseguiu uma decisão judicial favorável na semana passada e realizou a efetivação destas pessoas em ato solene do conselho na última segunda-feira. Os opositores, no entanto, ainda não desistiram do caso.
A eleição do Vasco acontecerá na próxima terça-feira (7) em São Januário e, até o momento, concorrem no pleito Eurico Miranda, que tenta se reeleger, Fernando Horta, Julio Brant (em aliança feita esta semana com o ex-candidato Alexandre Campello) e Antônio Miguel Fernandes.