Futebol

Rafael Coelho aposta na chegada de PC Gusmão para dar a volta por cima

Na conta de Rafael Coelho, os últimos seis meses foram tempo perdido em sua carreira. Envolto numa maré de azar, admitiu ao L! que esteve de longe de corresponder ao investimento feito pelo Vasco e, quieto, só pede que uma borracha apague o período, para que a chegada de PC Gusmão, o primeiro mentor profissional, torne-se, enfim, o começo da história pelo clube, do qual chegou a considerar sair.

Para o atacante, não existem razões científicas para explicar o mau rendimento, apenas o acaso.

De problemas fisiológicos a pessoais, com a família, em Florianópolis, tudo se acumulou e prejudicou a cabeça dele, a ponto de ter sido isolado para treinar em separado por uma semana, em maio. A juventude, somada, em parte, à dificuldade de adaptação, pesou.

– Realmente foi uma época conturbada, tem vezes que as coisas não acontecem mesmo. Mas situações ruins não devemnemser lembradas, já estou 100% e focado no Vasco. Prefiro esquecer o passado, olhar para a frente e viver esse recomeço – comentou Coelho, disparado na frente da disputa para ser o comandante do ataque, ao menos, neste torneio em Florianópolis.

Tal cidade do Sul, aliás, é seu berço, e também justamente onde despertou sua paixão pela cruz de malta, por influência dos parentes.

O retorno para casa, sob orientação de PC, já são grandes motivações.

– Lá é diferente, espero pegar muita confiança. Até porque, tirando a artilharia da Série B do ano passado (com 17 gols), meu melhor momento foi quandomedestaquei ao subir para os profissionais no Figueirense, em 2008 – lembrou o camisa 42, cujas propostas do exterior o balançaram, mas não o suficiente para o Vasco liberá-lo.

Para ser o que não foi até agora, a única coisa que Rafael Coelho promete à torcida é empenho e sede de gols, para que a pressão e a responsabilidade não atrapalhem e não lhe tomem outros meses.

Adaptação teria sido a vilã
De jeito contido e fala tímida, Rafael Coelho passou a morar longe da família pela primeira vez com a ida para o Vasco. Com apenas um gol até agora, a própria adaptação à cidade e ao grupo de trabalho são vistas pelos companheiros como um dos fatores que o teriam travado.

– Ele é irmão de todos, mas a questão do ambiente vai de pessoa para pessoa. Sair do Sul para o Rio faz muita diferença. O período de treinos em Mangaratiba foi bom também por causa disso: com os reforços, todos se conheceram mais e se uniram. Quebramos alguns gelos – avaliou o ala Ramon, o oposto de Coelho, pelo modo extrovertido de agir, e por já ter morado no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul.

A chegada de jogadores como Zé Roberto e Felipe também anima o atacante, que terá concorrência: – Não sei nem se vou jogar agora, quanto mais depois. É ótimo ver o elenco fortalecido ainda mais.

Confira bate-bola com Rafael Coelho

Sente-se em dívida com a torcida e com o clube, até por ter se declarado vascaíno?
Sem dúvida, incomoda e sempre tive essa afinidade com o Vasco, pela família. Em Floripa, tem muitos torcedores. Ano passado, joguei com o Pedrinho no Figueirense, o que me deixou muito feliz. A admiração pelo Felipe, por exemplo, é grande.

Falou-se em ofertas do futebol português. Chegaram mesmo? Por que não foi?
Sim. Foi uma decisão dura, mas tive de pesar os lados. Quero fazer mais. Enquanto estiver aqui, só penso no Vasco, que não quis negociar.

Você parece ter caminho livre no time, por ora...
PC está testando ainda, não sei se vou jogar. Há grandes atacantes se recuperando, como Nunes e Pimpão. Espero que todos estejam bem para a disputa ser bem legal. Esse torneio servirá para dar entrosamento e ritmo.

PC Gusmão: \"A chance já está sendo dada. Cabe aproveitar\"
Rafael Coelho sempre foi um jogador muito promissor, desde que o vi as primeiras vezes na base do Figueirense. Em pouco tempo de trabalho, pedi que viesse treinar conosco e se integrou aos profissionais. Ele é veloz e esperto, mas precisa controlar a ansiedade. Ninguém está pronto ainda no elenco. Precisamos lapidar mais o pessoal. É tudo uma questão de sequência e vontade mostrada nos treinos. Mas a oportunidade já está sendo dada. Cabe a ele aproveitar e crescer no Vasco.

Se mostrar que pode produzir o que se espera dele, não deve sair. Mas só terei uma possibilidade de avaliar após o torneio em Florianópolis.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance
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