Após meses de pressão, com a corda no pescoço, o Vasco relaxou e extravasou com a confirmação da permanência na Série A. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, o clima foi de festa e sintonia entre jogadores, funcionários, comissão técnica e torcida.
E teve discurso emocionado. Protagonista da reação do Vasco no Campeonato Brasileiro, Ramón Díaz agradeceu ao elenco por acreditar até o fim.
- Há coisas que, se a mente de propõe a fazer, conseguimos fazer. Se nós queremos e dizemos que o Vasco vai se salvar é porque vai se salvar. Temos que pensar sempre positivo. Os desafios são lindos, e assim é lindo ganhar. E isso não é só no futebol. É na vida. Não há nada que se possa conseguir com a força mental. Obrigado – disse o treinador, no vestiário, após a partida, em vídeo divulgado pela Vasco TV.
As imagens publicadas pelo clube também mostram comemoração no gramado e no vestiário. Ramón Díaz, por exemplo, jogou seu característico blazer para um torcedor.
Rossi preferiu provocar Soteldo e Santos. No início de outubro, na vitória do Santos por 4 a 1 sobre o Vasco, Soteldo subiu na bola durante o jogo e irritou os vascaínos. Após a confirmação da permanência do Vasco e do rebaixamento do Santos, Rossi deu o trocou e repetiu o gesto de venezuelano. Em seguida Medel e Vegetti fizeram o mesmo.
Capitão do Vasco na primeira metade do Campeonato Brasileiro, Léo era um dos mais emocionados. O zagueiro revelou que passou dias sem dormir e agradeceu ao grupo.
- Não conseguia dormir direito, não conseguia dormir com a minha filha. Quero agradecer a minha família, parabéns para o grupo, que nunca abandonou. No meio do primeiro turno, quando estávamos com 9 pontos, já falavam que a gente estava rebaixado. Mas nunca deixamos entrar isso aqui. O clube acreditou. Quero agradecer a torcida por sempre acreditar..
Quero agradecer aos funcionários do clube. Quando estávamos com 9 pontos, ninguém nunca deixou de me dar um sorriso, um abraço. É o melhor clube em que trabalhei na minha vida. Chega a ser bizarro. Você ganha, você perde, mas o clima é o mesmo, o trabalho é o mesmo. Acho que todo mundo vai exaltar jogador, diretor, mas eu exalto os funcionários. Vocês fazem parte desse grupo e desse clube – disse Léo.
Vegetti, que também provocou Soteldo, levou o filho para o gramado. Junto com o menino, ele regeu a torcida aos gritos de “Uh, terror, o Vegetti é matador”.
Também teve muito choro em campo. Um dos destaques da partida, Paulho Henrique se emocionou bastante.
No vestiário, regado a cerveja, muita festa entre jogadores e funcionários. Hoje no futebol japonês, o ex-zagueiro vascaíno Ricardo Graça participou da comemoração, assim como Juninho, que retornou recentemente de empréstimo ao Orlando City.