Na época, novembro de 2020, o alvinegro escolheu o argentino para assumir o comando de um elenco que vivia uma crise semelhante ao do cruz-maltino, na zona de rebaixamento, com apenas 20 pontos e 3 vitórias em 20 jogos, num campeonato recém-retomado após a pandemia.
Mas o Diaz tinha um problema de saúde preocupante e precisou viajar ao Paraguai um dia depois de ser apresentado, no dia 10 daquele mês. Ele passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno na tireoide. A recuperação, esperada para acontecer em breve, se arrastou e foi até dezembro.
Enquanto Ramón estava impossibilitado, seu filho e auxiliar técnico, Emiliano Diaz, comandou o Botafogo. A passagem foi curta e sem resultados: foram três derrotas em três jogos. Diante desse cenário, a diretoria do Botafogo, na época, optou por encerrar a passagem da comissão técnica antes mesmo de Ramón retornar.
"O Clube entende que não pode mais esperar", dizia a nota que comunicou o desligamento e anunciava o retorno de Eduardo Barroca ao clube. O Botafogo acabou conquistando apenas mais 7 pontos e outras duas vitórias naquele campeonato e foi rebaixado na lanterna.
— Ficamos surpresos e mal por não cumprir o sonho do Ramón de dirigir um clube do futebol brasileiro — lamentou Emiliano ao Sportv, na época.
Após a passagem pelo Botafogo, Ramón e Emiliano trabalharam no Al-Nasr (Emirados Árabes) e Al-Hilal (Arábia Saudita).