Quando chegou vindo do Internacional de Porto Alegre, o lateral-esquerdo Ramon talvez não imaginasse que seria titular absoluto de um time que faria tanto pela historia do Vasco: resgatar a honra do clube, espezinhada pelo rebaixamento para Série B do Campeonato Brasileiro. Ele veste a camisa 33 e não a seis, coisas do futebol moderno, mas é rápido e incisivo dentro de campo como qualquer grande jogador da posição, e igualmente veloz com as palavras.
Quando você é rebaixado para a segunda divisão, você vira a chacota da vez, do ano. Principalmente quando isso ocorre com uma equipe da grandeza do Vasco da Gama. E não se reverte essa historia da noite para o dia. É um trabalho de anos. Tem três temporadas que cheguei ao clube e pude participar desta equipe que ganhou a Copa do Brasil, um título que a instituição ainda não tinha, disse.
Perguntado qual é o maior mérito do time que acabou de ser campeão, Ramon respondeu sem pensar muito.
Creio que mais importante do que conquistar o título foi resgatar um pouco da honra do clube. Recolocamos o Vasco no seu devido lugar no cenário futebolístico brasileiro e mundial, disse ligeiramente.
Para quem já recuperou a auto-estima de mais de dez milhões de torcedores, conquistar o Brasileiro parece um desafio simples.