O que era para ser uma bela e inesquecível festa, quase se transformou num grande problema em Vitória. À medida em que o voo da delegação do Vasco atrasava, no fim da noite desta terça-feira, a torcida ficava impaciente e parecia não parar de chegar ao aeroporto.
Apesar do destacado número de policiais, quando os jogadores chegaram e tentaram entrar nos ônibus que os levariam ao hotel em Vila Velha, houve gente que caiu, foi pisoteada e muito spray de pimenta.
Famílias não-ligadas a facções organizadas do clube que levaram crianças viram os filhos chorarem de desespero pela ação truculenta das autoridades. Tudo por conta do mal feito cordão de isolamento, que não protegeu o time como esperado. Tumultos à parte, a estimativa, no fim, chegou a apontar quase duas mil pessoas no local, provável recorde no Estado em termos de recepção a esportistas. Isso já depois da meia-noite.
Os mais festejados e que demoraram mais tempo para passar foram o meia Carlos Alberto e o atacante Dodô, como não poderia deixar de ser, uma vez que são as estrelas da companhia. Além deles, o zagueiro capixaba Thiago Martinelli teve o nome gritado por boa parte dos cruzmaltinos. Isso sem contar que aproximadamente 30 membros de sua família estiveram presentes.
Na tarde desta quarta-feira, o Vasco faz seu primeiro treinamento em solo vila velhense, provavelmente ainda sem bola. A movimentação será no Clube dos Estivadores. O retorno ao Rio está marcado para o dia 14 e a estreia no Estadual será dia 16, diante do Tigres, em São Januário. Antes, entretanto, o primeiro teste do ano está marcado contra a Seleção Capixaba, no dia 13, quarta-feira que vem, no estádio Engenheiro Araripe.