De malas prontas para jogar no Vasco, o pouco conhecido Reginaldo vai ter a primeira experiência como profissional no futebol brasileiro. Na Itália desde os 16 anos, ele encara o retorno como um grande desafio na carreira e aproveita para apontar suas características, que já foram comparadas a Emerson Sheik e Arjen Robben.
Sheik é, inclusive, uma inspiração para Reginaldo. O atacante do Corinthians também retornou ao Brasil desconhecido, após anos e anos no exterior, entre Mundo Árabe e Japão, e conquistou títulos importantes.
Dizem que eu pareço, no estilo de jogo, com o Emerson Sheik. Um cara sério, que voltou ao Brasil, depois de anos fora, e está muito bem. E vi também essa comparação com Robben, acho que é coisa de torcedor. É mais pelo estilo de jogo que parece, meio Sheik, meio Robben. Já joguei como atacante e como ponta explicou ao LANCE!Net.
As boas atuações pelo Siena renderam a comparação com o holandês Robben, herói na conquista da Liga dos Campeões da Europa, duas semanas atrás. Há até um vídeo na internet comparando algumas jogadas deles.
Hoje aos 29 anos, Reginaldo diz estar bastante ansioso para, enfim, jogar no Brasil, um sonho de infância, interrompido pela chance precoce de atuar na Europa.
Na Itália, além do Treviso, Reginaldo passou por Fiorentina, Parma e, desde 2009, está no Siena. Ele rescindiu contrato com o clube italiano na semana passada e está livre para acertar com o Vasco, sem custos.
Quase ninguém me conhece. Saí muito cedo. Quando era do juvenil, pelo Campo Grande, joguei um torneio na Itália. Fui eleito o melhor jogador e o Treviso me contratou. Depois não saí mais da Itália. Fiz minha vida toda aqui disse Reginaldo, ainda da Itália. Ele chegará ao Rio ainda esta semana para assinar o contrato.
Renato Silva é um velho companheiro de Reginaldo
Profissionalmente, Reginaldo não atuou com nenhum jogador do atual elenco vascaíno. Mas, ainda no juvenil do Campo Grande, teve como companheiro de time o zagueiro Renato Silva.
Reencontrar um companheiro dos tempos de garoto aumenta a ansiedade pelo acerto com o Vasco, confessa o reforço.
Não joguei com ninguém do time do Vasco. Mas no Campo Grande, joguei com o Renato Silva. Faz muito tempo. É emocionante poder jogar com ele de novo após tanto tempo. Uma coincidência grande. É uma pessoa que ajuda bastante e sei que posso contar com ele lembrou.
Veja a entrevista com Reginaldo
Foram muitos anos fora. Está ansioso para jogar no Brasil?
São 14 anos fora. Fiz minha carreira na Itália. Estou com uma vontade imensa de poder chegar e ajudar o Vasco. Vou dar meu máximo.
Como surgiu essa comparação com o Robben? Foi a imprensa?
Eu vi o vídeo. Acho que foi coisa de torcedor mesmo. Não o conheci, não tive oportunidade de agradecer pela homenagem. Mas é pelo estilo. Jogo assim, pelos lados, como ponta. Mas já joguei como primeiro e como segundo atacante.
Tem acompanhado o Vasco?
Sim. Acho que, com o Paulo (Autuori), o time já ganhou muito. Eu queria estar aí desde o início do ano, participando do Carioca, da campanha toda. Mas não deu.
Você negociou com o Vasco antes, então?
Sim, estava quase certo. Mas o Siena queria dinheiro para me liberar. Como eu tinha mais cinco meses de contrato, fiquei para terminar. Agora posso ir livre, sem custos. O contrato ia até o dia 30 deste mês, mas já peguei a rescisão.
Conheceu o Ricardo na Europa?
Nunca trabalhei com o Ricardo, mas ele me conhecia da Europa. Ele deu força para essa conclusão com o Vasco. Nos falamos pelo telefone semana passada.