Futebol

Relembre zagueiros que tiveram seu momento de atacante como Rafael Vaz

A decisão de Jorginho em tirar Thalles, atual vice-artilheiro do Vasco com cinco gols, e colocar o zagueiro Rafael Vaz surpreendeu torcedores, jornalistas e até mesmo os próprios jogadores. Enquanto Vaz esperava para entrar na partida, muitos pensavam nas mudanças táticas que o treinador vascaíno faria, mas o fato foi que ele apenas trocou um jogador por outro. Apesar de ser surpreendente, essa atitude não é nova no futebol. O GloboEsporte.com listou dez outras ocasiões em que zagueiros foram sem medo ao ataque. Em algumas, sucesso e até gol como fez o vascaíno. Em outras, apenas tentativas em vão. Relembre:

 

DEDÉ (VASCO)

Na final da Taça Guanabara de 2012, Dedé também virou centroavante vascaíno por um dia. E também por necessidade. O placar do Engenhão marcava 3 a 0 para o Fluminense aos 11 minutos do segundo tempo, e o "Mito" abandonou Rodolfo na zaga para se aventurar na área do Tricolor. Após o gol de Eduardo Costa, aos 38 do segundo, o zagueiro ainda acertou uma cabeçada na trave, que poderia dar um ânimo a mais para buscar o empate. A tarde, no entanto, não foi tão feliz para os torcedores do Gigante da Colina.

 

JÚNIOR BAIANO (FLAMENGO)

Marcado por fazer muitos gols, Junior Baiano também foi um zagueiro que se aventurou na linha de frente. Pelo São Paulo, ele já recebeu ordem de Telê Santana para ajudar o ataque quando sua equipe perdia e no Flamengo, sob o comando de Joel Santana, foi determinante em bolas alçadas na área. Ele, inclusive, chegou a treinar como centroavante na época em que defendia o Rubro-Negro em 2005. Anos depois, Júnior Baiano aprovou as subidas de Dedé pela final da Taça Guanabara e também relembrou as vezes em que ele mesmo tentava balançar as redes.

 

PIQUÉ (BARCELONA)

Um zagueiro que muda de posição até com certa frequência está em um dos melhores times do mundo. Por ordem do técnico Luís Enrique, Piqué abandona sua posição de origem por diversas vezes nas ocasiões de necessidade do Barcelona. Um exemplo recente disso foi o jogo de volta das quartas de final da Liga dos Campeões contra o Atlético de Madrid, quando o camisa 3 ocupou a área adversária e sequer estava perto do seu campo de defesa no lance que originou o pênalti adversário no fim da partida.

 

LEONARDO SILVA (ATLÉTICO-MG)

Na final da Libertadores de 2013, o cenário era parecido com as outras partidas. O Atlético MG precisava de um gol para levar a decisão para a prorrogação. Com o gol de Jô no primeiro minuto da segunda etapa, o Galo se mandou para o ataque, tendo Leonardo Silva como principal jogador nas bolas áreas. Acertou a trave na primeira tentativa, Martín Silva salvou a segunda, mas na terceira ele fez. Nos pênaltis, o time de Minas faturou o torneio.

 

PAULO ANDRÉ (CORINTHIANS)

No Brasileiro de 2013, Paulo André foi a alternativa de Tite para buscar gols diante do Náutico no Pacaembu. No segundo tempo da partida, o zagueiro lançou-se ao ataque então formado pelos jovens Paulo Victor e Romarinho com o aval do comandante e buscou chances, mas sem conseguir êxito. Na época, Paulo André garantiu que o treinador teve responsabilidade na escolha.

 

CAULKER (LIVERPOOL)

Se Jorginho pensou que seria chamado de louco por colocar Vaz no ataque, Jurgen Klopp já pode ser considerado insano. Em três oportunidades na atual temporada, o treinador apostou em Steven Caulker, zagueiro que foi adquirido pelo Liverpool por empréstimo junto ao Queens Park Rangers, como atacante. Na partida de estreia do alemão no Campeonato Inglês contra o Manchester United, Caulker entrou aos 44 minutos do segundo tempo no lugar de Milner e foi direto para área adversária. Feito que se repetiu contra o Norwich (entrando aos 45 do segundo no lugar de Alberto Moreno) e Arsenal (aos 42 para vaga de Lallana). Apesar das substituições pouco tradicionais, Caulker teve participação direta apenas no gol de Lallana, o da vitória contra o Norwich, por 5 a 4.

 

FELIPE SANTANA (BORUSSIA DORTMUND)

Klopp é reincidente na ousadia. Pelas quartas de final da Liga dos Campeões em 2013, foi a vez de Felipe Santana entrar e ter o mesmo resultado de Rafael Vaz: gol e resultado que deu a classificação ao Borussia Dortmund diante do Málaga (3 a 2). O zagueiro já estava em campo, mas a entrada do então reserva Hummels no lugar do meia Gundogan possibilitou a ida do brasileiro ao ataque. Na época, o treinador explicou a escolha.

- É pouco frequente eu apostar em um homem alto para buscar a cabeçada quando estamos em desvantagem. Mas o jeito foi dar um chutão para frente após o outro. No fim, conseguimos esses dois gols maravilhosos. 

 

MANOEL (ATLÉTICO-PR)

Atualmente colega de Dedé no Cruzeiro, o defensor teve a oportunidade de ser a esperança de gols do Atlético-PR durante 45 minutos em partida válida pelo estadual de 2012. O então técnico do Furacão, Juan Ramón Carrasco, resolveu mexer no intervalo de um jogo contra o antigo Corinthians-PR e colocou Manoel na vaga do atacante Ricardinho. Na etapa final, porém, apenas uma finalização na mão do goleiro adversário e um empate por 1 a 1 como resultado. Confira no vídeo abaixo alguns lances que mostram o posicionamento de Paulão:

 

JAVI MARTÍNEZ (SELEÇÃO ESPANHOLA)

Um exemplo em uma seleção também aparece na lista. Pela Copa das Confederações em 2013, Vicente del Bosque optou pela entrada de Javi Martínez no lugar de Fernando Torres em busca de inaugurar o placar diante da Itália na prorrogação da semifinal. O jogador do Bayern de Munique mal teve chances, e a partida foi para os pênaltis - com vitória dos espanhóis.

 

HUTH (CHELSEA)

José Mourinho é o técnico que fecha a lista de zagueiros-atacantes, mas é mais um a não ter sucesso na tentativa. Em duelo pelas oitavas da Liga dos Campeões em 2006, o Chelsea tentava um gol para bater o Barcelona na Espanha e igualar o placar acumulado. Com isso, o português sacou o meia Joe Cole para ganhar estatura na frente. Colocou Robert Huth, defensor de 1,91m, aos 38 da etapa final, mas nada de balançar a rede.

Fonte: ge
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