A falta de competência do ataque vascaíno nas finalizações obrigou Renato a apelar para um jogador que, apesar de ser atacante, não é um especialista na arte de fazer gols. A solução do problema pode ser Jean, que vem se destacando nos treinamentos, mesmo reconhecendo que está não é a sua principal característica. \"Nunca fui de finalizar\", disse o atacante.
A oferta de homens de frente, no Vasco, é grande: São oito (com a saída de Papel), porém, neste Brasileiro, os zagueiros fizeram o mesmo número de gols que os atacantes: dois. Esta realidade é uma novidade para Renato, já que, em 2005, sua dupla de frente, formada por Alex Dias e Romário, foi a que mais balançou as redes no Nacional.
\"Eu não tenho nenhum centroavante de área mesmo. E essa posição é importante hoje\", disse o comandante, que não deve sair jogando com Jean, mas o colocará ao longo da partida. \"Aos poucos vamos soltando ele\". O treinador usará essa estratégia porque o atleta não joga uma partida oficial desde 18 de maio. E o longo tempo sem atuar o deixou sem ritmo de jogo.
Jean, que não se adaptou bem no clube russo, já está ambientado em São Januário. Segundo o jogador, Edílson, que foi seu companheiro também no Flamengo, ajudou muito para isso.
O atacante espera apenas que um documento chegue, do Saturn (seu ex-clube), à CBF para regularizar sua situação. \"Estou só aguardando\". revelou o atacante, que está ansioso para estrear. \"Eu quero ser selecionado para a partida contra o Juventude\".
Mas, apesar da esperança, Renato fez ressalvas. Para o treinador, Jean não é a salvação, mas sim uma boa opção. \"É um jogador que chega para somar. Agora, tem que mostrar para que veio, em campo. A responsabilidade é de todos\".
Coincidências à parte, a partida em que o atacante fez mais gols foi contra o próprio Vasco, na final do Carioca 2004, em que marcou três. Para resolver o problema vascaíno, Renato espera que o antigo veneno vire antídoto.