Remo: Vasco repatria Marcos Oscar e passa a ter três remadores sênior A

Marcos Oscar já está treinando no Vasco desde o final de 2013 (foto: arquivo pessoal)

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Durante todo o ano de 2013, o Vasco teve apenas dois remadores da categoria sênior A (também conhecida como aberta): os argentinos Ariel Suarez e Cristian Rosso, dois dos melhores remadores do mundo e com finais de Mundial e Olimpíada no currículo. Mas apenas eles, que não estão no dia a dia do clube e vêm apenas para o período de competições e treinando por poucas semanas no clube.

Como resultado disto, o Vasco não teve bons resultados na categoria aberta em 2012: vencendo, no Estadual, apenas o single skiff, com Cristian, e conquistando o terceiro lugar no four skiff e no 4 com (no Brasileiro, Cristian faturou o ouro no single skiff e a dupla argentina, no double skiff). Com a grave crise que o remo do Vasco sofreu nos últimos anos, notadamente a partir de 2009, quase todos os atletas de ponta do clube, à exceção dos argentinos (que treinam em seu país de origem e, portanto não sentem na pele cotidianamente os problemas do clube), deixaram o Vasco para reforçar Flamengo ou Botafogo. O clube passou a ter fundamentalmente apenas atletas das categorias de base, nas quais vem focando seu trabalho nos últimos anos.

Para o ano de 2014, o Vasco repatria um velho conhecido: Marcos Oscar Alves de Oliveira, que esteve no clube de 2007 até o final da temporada de 2013, quando rumou para o Botafogo, onde sagrou-se campeão Estadual e Brasileiro. Ele se destaca principalmente na categoria peso leve, na qual o Vasco sequer participou ao longo de 2013. No Vasco, Marcos Oscar, por exemplo, também foi campeão brasileiro e estadual. Ele ainda é relativamente jovem, com 25 anos, tendo nascido em 18 de janeiro de 1989. Um fato curioso é que ele chegou a fazer parte das categorias de base do futebol do Gigante da Colina, mas acabou optando pelo remo.

Ele tem passagens pela Seleção Brasileira (da qual é atleta atualmente, o que mostra o seu padrão de resultados atual; veja foto à esquerda dele treinando pela Seleção), tanto nas categorias de base quanto no Adulto, com participação em eventos importantes como a Copa do Mundo. Com isso, o Vasco passa a ter três remadores de destaque na categoria sênior A. Entretanto, há um importante empecilho: as taxas de transferência, que são muito altas. O valor que o Vasco tem que pagar para que Marcos Oscar possa disputar competições pelo clube é de cerca de R$ 20 mil reais, e, para que ele possa disputar a 1ª regata do Estadual, que será no dia 30 de março, terá que efetuar todos os trâmites até o final deste mês de fevereiro. O clube procura essa quantia, mas obtê-la é muito difícil na situação atual do remo do clube.

Marcos Oscar já vem treinando no Vasco desde o final de 2013, e vive o dia a dia do clube, esperando o pagamento da transferência. Caso ele possa disputar a primeira regata do Estadual, será importantíssimo, já que uma das provas marcadas é o 2 sem da categoria aberta. Como é um bom bombordo, e ambos os argentinos preferem remar a boreste, um barco composto por ele e um entre Ariel e Cristian com certeza seria muito forte.

Com exclusividade ao Blog CRVG - Em Todos os Esportes, o treinador do remo vascaíno, Marcelo Neves, falou sobre a situação e a chegada de Marcos Oscar. Além disso, espera a chegada de um quarto remador sênior A para que o clube possa compor barcos fortes na provas de guarnições com quatro atletas. De qualquer maneira, caso isto não seja possível, ele conta que pretende escalar algum jovem das categorias de base do clube para completar o barco.

- O Marcos Oscar está confirmado, mas ainda não conseguimos a verba necessária para fazer a transferência dele. Já na primeira regata ele vai ser importantíssimo, já que ele é um ótimo peso leve e um ótimo bombordo e poderia fazer a parceria com algum dos dois argentinos e fazer um barco muito bom. Vamos ver se conseguimos a verba para que a gente possa fazer a transferência dele até o final de fevereiro, porque ela tem que ser feite até 30 dias antes da competição. Como a competição é no final de março, temos que buscar essa condição até o final desse mês, fevereiro. Temos três bons atletas. O ideal é que tivéssemos mais um, para a formação de um barco de quatro. Vamos buscar, vamos verificar as possibilidades, e vamos ver o que conseguimos, mas sempre com os pés no chão. Vamos trabalhar o que a gente tem, existem alguns atletas até, mesmo novos, que já neste ano vão ter a condição de até mesmo competir nas categorias de cima, como sub-23 e até mesmo o aberto. Então vamos também motivar esses atletas a buscar a melhora necessária para que eles atinjam um nível de competição que os permita participar em provas dessas categorias.

Por João Luiz Mota (jlmc1993@gmail.com)

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