Paciência tem sido a palavra de ordem para Diguinho em 2016. Em um ano onde o Vasco enumera motivos para comemorar, com cinco vitórias consecutivas no Campeonato Carioca, o volante chega em São Januário nesta segunda-feira para o 48º dia de trabalho na temporada ainda sem saber quando voltará a jogar. Por precaução, o clube desenvolveu uma programação especial para evitar que lesões voltem a atrapalhar a carreira do jogador de 32 anos.
Titular de Jorginho na arrancada que quase evitou o rebaixamento do Vasco no Brasileirão, Diguinho deixou a partida contra o Coritiba, a última do ano passado, por conta de dores na coxa. Na volta aos trabalhos, em 6 de janeiro, ele foi direcionado ao Cappres e praticamente não treinou com bola na temporada. A espera, no entanto, parece estar próxima do fim.
- Minha vontade é jogar. Me sinto pronto, porém confio no Cappres. Sei que fazem para que eu possa desempenhar meu futebol da melhor maneira possível. Na hora certa, eu volto. Agora, falta pouco. Não gosto de ficar fora, meu contrato acaba em breve. Sei do interesse do clube em renovar, mas preciso estar pronto, fazendo o que mais gosto, ajudando o time. Aí, sim, acertar esses detalhes - disse Diguinho.
Responsável pelo Cappres, o gerente científico Alex Evangelista explica o tratamento diferenciado que está sendo dado a Diguinho. Em uma escala de zero a dez, ele acredita que o volante já atingiu o oito:
- É um trabalho especial que é para vida dele, não somente para jogar. Acreditamos que vale a pena insistir nisso. Não é uma coisa do ano passado, é algo que ele vem sentindo há algum tempo e estamos ajustando preventivamente para que tenha vida longa no futebol. O próprio Renato Augusto no Corinthians levou um tempo se arrumando até embalar. Quando as máquinas mostrarem nas avaliações que está bem, vamos liberando. Estamos buscando a harmonização corporal biomecânica. Temos que arrumar com paciência. Como é ele muito forte, preciso dele com tudo em dia.
Alex Evangelista explica que o mesmo procedimento foi realizado com outros jogadores que chegaram a São Januário no meio da temporada passada. O histórico de Diguinho, por sua vez, pede uma atenção maior. O gerente científico avisa ainda que toda programação contou com o aval da diretoria:
- Pedi a diretoria que não estipulasse prazo para termos essa tranquilidade. Esse mesmo processo foi feito com outros jogadores, como Andrezinho, Nenê, Julio Cesar... Ele não está machucado, mas estamos tentando colocá-lo no padrão ouro para ser o volante que pode ser.
Um dos jogadores mais extrovertidos do elenco, Diguinho conta ainda com o apoio dos companheiros. Luan foi só elogios para o amigo:
- O pessoal sabe o que está fazendo com ele. O Diguinho não precisa provar nada para ninguém. Sou fã da pessoa e espero que esteja de volta o mais rápido possível. É um jogador de muita qualidade técnica, passe refinado. Espero que volte melhor do que nunca para nos ajudar.
Contratado pelo Vasco em maio do ano passado, Diguinho tem contrato até o dia 15 de junho. Ao todo, são 13 partidas pelo clube e nenhum gol marcado.