Times que ocupam a zona de rebaixamento são, na maioria das vezes, indigestos. Dão o sangue para somar pontos que lhe possibilitem fugir da degola. Assim está o Palmeiras, que hoje recebe o Vasco, às 20h30min, no Parque Antarctica. Azar dos cruzmaltinos? Que nada! Há quase um ano na Colina, o técnico Renato Gaúcho ostenta excelente retrospecto contra equipes na faixa dos \"rebaixáveis\".
Juntando o Brasileirão deste ano com o de 2005 (a partir do momento que Renato assumiu, obviamente), o Vasco jogou oito vezes contra adversários colocados entre os quatro últimos (veja tabela). Derrota, foi apenas uma: de 4 a 1 para o Botafogo, no campeonato atual.
Estatísticas à parte, Renato repete a todo instante que cada partida tem sua história. E para que a de logo mais seja vitoriosa, fundamental será, nas palavras do técnico, deixar o Palmeiras, penúltimo colocado na tabela, se perder na sua própria necessidade de ganhar os três pontos.
- O desespero é todo do Palmeiras. Nós estamos em uma final (da Copa do Brasil) e mais bem posicionados do que eles no Brasileiro. Se o gol deles não sair logo, a bola vai começar a queimar no pé dos jogadores. A torcida no Parque Antarctica é exigente e vai reclamar - analisou.
Renato conhece bem como é dirigir um time pressionado por estar na zona de rebaixamento. Foi assim com o Fluminense, em 2003, e com o próprio Vasco, no ano passado. No Brasileirão-2006, porém, o treinador tem a impressão de que a sorte dos cruzmaltinos será diferente - ainda que, por enquanto, o foco esteja na decisão da Copa do Brasil. Seu raciocínio baseia-se numa olhada atenta à tabela do Campeonato Brasileiro: - Antes dessa paralisação para a Copa do Mundo, o Vasco enfrentou vários times que no campeonato do ano passado ficaram entre os cinco primeiros: Corinthians, Inter, Goiás, São Paulo... Mas agora isso muda...