A diretoria do Vasco publicou nesta segunda-feira uma nota oficial, no site do clube, negando que o Centro de Treinamento Almirante Heleno Nunes, em Duque de Caxias, às Margens da Rodovia Washington Luiz, tivesse sido interditado sob a acusação de crime ambiental.
No entanto, o tenente-coronel José Maurício Padrone, representante da Coordenação Integrada Contra Crimes Ambientais (CICCA), que comandou a interdição do terreno na última quinta-feira, desmentiu a versão da diretoria vascaína e garantiu que houve crime ambiental.
- Os órgãos competentes interditaram o terreno. A Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) se reuniu e seus membros decidiram pela interdição. Inclusive, o único funcionário do Vasco que estava presente no terreno, na ocasião, assinou o documento da interdição. Eles aterraram o manguezal e não recuperaram, houve crime ambiental - explicou.
Um dos argumentos apresentados pelo Vasco para questionar a interdição foi o fato de as categorias de base terem treinado no local na última sexta-feira. Segundo Padrone, esta justificativa também não é válida.
- Nós não interrompemos os treinos, nós paramos as obras. Os treinamentos podem continuar - justificou.
Outra ponderação apresentada pelo Vasco foi o fato de que havia cedido parte do terreno para a Prefeitura de Duque de Caxias, que teria assumido a responsabilidade pelo aterramento para a construção do Hospital Municipal Moacir do Carmo. Este argumento também foi contestado pelo representante da Cicca.
- O hospital está licenciado pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e trabalhando na legalidade. Ilegal está o terreno do outro lado, onde o Vasco estava fazendo suas obras - encerrou.