O que seria o provável dia D para o caso Kleber no Vasco, que se arrasta há semanas, frustrou mais uma vez os torcedores. A reunião pré-agendada para esta terça-feira, no Rio de Janeiro, foi adiada devido ao valor das luvas pedido pelos representantes do lateral-esquerdo, que surpreendeu à diretoria e soou como leilão. Assim, a negociação deu um novo passo atrás e tem grandes chances de melar. As partes só devem se encontar, para uma nova composição, no início de 2012, atrasando até uma possível apresentação do jogador na pré-temporada em Atibaia (SP).
Com o Inter, atual clube do lateral, de volta à mesa e também o interesse de última hora do Santos, a valorização de Kleber subiu a um padrão que o time carioca não esperava bancar. Se antes havia o discurso da preferência, agora o páreo parece reaberto. O Vasco nem mesmo estava disposto a oferecer os cerca de R$ 350 mil mensais que o camisa 6 recebe hoje e se apoiava na percentagem de promessas da base ao grupo DIS, investidor que detém os direitos, e num plano de carreira costurado pelo ex-diretor executivo, Rodrigo Caetano. Sua saída contribuiu para esfriar o papo.
Convocado para a Seleção Brasileira neste ano, Kleber despertou a vontade dos colorados de mantê-lo, e para isso acenam com recursos. Como ainda não haveria oferta concreta, o pai e procurador do camisa 6, Jordão Correia, prefere aguardar.
- Acho prematuro falar alguma coisa. Estamos acompanhando esse vaivém do mercado. Não sabemos quando será a melhor proposta, então pode não haver definição esta semana - comentou, à Rádio Manchete, em clara indecisão financeira.
Em outra frente, o clube cruz-maltino se precaveu e deixou tudo encaminhado, nesta segunda-feira, para anunciar outro lateral até o fim da semana. Trata-se de Thiago Feltri, do Atlético-GO, que concordou com salários e o contrato de três anos. Só falta a liberação dos goianos, com os quais está sob vínculo até o próximo mês de fevereiro. A ideia era que Feltri fosse reserva de Kleber no retorno do Vasco à Libertadores.