A reunião do Conselho Deliberativo de hoje à noite deve marcar o início de uma nova fase de turbulência política no vasco. Enquanto a situação apresentará o relatório de auditoria com o balanço de 2008, que programava mostrar em dezembro, a oposição deve contestar o documento, de olho na eleição presidencial que tenta validar na Justiça para o fim do ano. O balanço indica dívida total, em dezembro, de R$ 377 milhões. O recém-empossado vice de finanças, Nelson Rocha, espera mudar o quadro em cinco anos.
Entre as questões polêmicas, está a superavaliação de títulos de crédito (debêntures) da Vale do Rio Doce, avaliados em R$ 35 milhões na gestão anterior e que, segundo Rocha, valem pouco mais de R$ 200 mil no mercado. De acordo com o dirigente, hoje se o Vasco vender tudo o que tem, incluindo sedes, faltarão R$ 251 milhões para quitar o passivo.
A situação do quadro social é grave: apenas mil pagam mensalidade. Rocha diz que foram levantados R$ 270 milhões em dívidas que não estavam contabilizadas: Não é agradável, é um estado de insolvência. Mas o Vasco pode se recuperar, pela sua capacidade de gerar de receitas.
A solução imediata é o corte de gastos. Neste mês, todas as modalidades esportivas, exceto o futebol, terão corte de 30% de despesas e, em 2010, terão de ser auto-suficientes para não serem extintas. O plano é usar leis de incentivo, além de verba da Eletrobrás. Investimentos estão suspensos até segunda ordem.
No departamento de futebol, a divulgação do balanço, que por lei tem de ser publicado no fim deste mês, causa grande preocupação na reta final da Copa do Brasil.
Não há muito o que fazer.
É claro que preocupa. O que tentamos é manter a nossa credibilidade e mostrar que tudo o que é prometido vem sendo honrado explicou o diretor executivo do departamento, Rodrigo Caetano.