Um torcedor do Vasco entrou na Justiça para tentar anular o jogo contra o Internacional e, por consequência, impedir a CBF de proclamar o resultado do Brasileirão 2020. Caso o pedido seja atendido, a partida vencida pelo time gaúcho por 2 a 0 perderia validade, o que poderia modificar o rebaixamento da competição. A alegação é o mau uso do VAR no confronto de 14 de fevereiro.
A informação foi revelada inicialmente pelo site Esporte News Mundo. Posteriormente, o ge a confirmou.
Foi o torcedor Luciano Reis da Silva quem ingressou com uma ação popular na última quinta-feira. O caso foi distribuído para a 38ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Por ora, a juíza Flavia Justus não tomou nenhuma decisão.
A advogada Ana Carolina Granda, do escritório Ferracciu & Granda Advogados, que representa Luciano, afirmou ao ge que a decisão de procurar a Justiça ocorreu após o Vasco não ter sucesso na Justiça Desportiva. Em 25 de março, na última decisão sobre o caso, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça não conheceu o recurso vascaíno e, por maioria de votos, manteve o 2 a 0 do Inter.
- É cliente e amigo do escritório, que ficou bastante indignado com a questão do VAR. Analisando a situação do jogo que mostra o lance do primeiro gol do Internacional, aguardamos a decisão da Justiça Desportiva. O Vasco não pode recorrer à Justiça Comum, agora, uma ação popular qualquer um pode. O torcedor tem legitimidade, sim, para fazer essa alegação. A gente sabe que é difícil, mas sabemos das irregularidades cometidas no jogo e, por conta disso, vamos tentar. Sem a tentativa seria impossível - explicou a advogada Ana Carolina Granda.
Segundo Ana Carolina Granda, o Vasco não participou da iniciativa de procurar a Justiça:
- Nunca falamos com o Vasco, de forma alguma. É uma ação autônoma do torcedor.
O resumo do pedido da ação é:
O Vasco entende que o gol de Rodrigo Dourado, o primeiro no 2 a 0, foi em impedimento. E que o VAR não foi bem utilizado. A derrota contribuiu para o rebaixamento da equipe à Série B.