RIO - Passar noventa minutos na retranca, na casa do adversário, com estádio lotado de torcedores argentinos a fim de garantir o 0 a 0 e a classificação às quartas de final da Libertadores. Na opinião dos jogadores, essa não é a melhor estratégia do Vasco contra o Lanús, em Buenos Aires. Ao mesmo tempo, a vantagem do empate também não pode ser jogada fora.
O ideal para eles é manter o estilo de jogo vascaíno, que busca o ataque sempre. Mas com cautela redobrada para não ser surpreendido, como aconteceu em São Januário. Afinal, é o Lanús que precisa da vitória a todo custo.
Não vamos abrir mão do nosso jeito de jogar. Não abrimos até agora. É a nossa formação e dessa forma que temos oportunidades de fazer o gol e estamos fazendo. Mas em algumas situações tem que ser inteligente. O gol fora de casa nos dá tranquilidade, mas o 0 a 0 nos dá a classificação. Não vamos lá para garantir o 0 a 0. Vamos para voltar com a classificação com qualquer placar disse o atacante Alecsandro, acrescentando que o Vasco precisa jogar de acordo com o andamento da partida. Se estiver 0 a 0, o jogo será mais truncado. Se eles marcarem, vamos ter que sair. Se fizermos um gol, eles que vão ter que vir com tudo.
O meia Felipe conta com a repetição do que se tem visto na Libertadores. Fora de casa, os times brasileiros, na maioria das vezes, tem conseguido impor seu jogo.
Temos a vantagem do empate, sim, mas não podemos ficar só se defendendo. Isso vai ser muito ruim. O importante é atacar, se possível fazer um gol, pois vai deixar o adversário mais desesperado. Sabemos que temos de marcar forte, mas não podemos ficar só marcando. Precisamos sair para o jogo e fazer gol ensinou Felipe, que negou que tenha xingado o técnico Cristóvão, mas admitiu não ter concordado com a substituição e ter ficado chateado.
A experiência da Copa do Brasil do ano passado pode ser de grande valia. Em todos os jogos a partir das oitavas de final, o time marcou fora de casa. Na semifinal e na final, por exemplo, decidiu nos domínios do adversário.