A Prefeitura do Rio pode virar a boia de salvação dos quatro grandes clubes do Rio. O prefeito Eduardo Paes vai se reunir hoje com assessores para discutir um projeto para ajudar Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco a montar seus centros de treinamento (CTs), o que resolveria uma das principais carências do futebol carioca. Segundo a revista Veja, o valor envolvido é de R$ 40 milhões ainda não se sabe se seriam repassados por parceria público-privada ou aporte direto.
A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, confirma que houve um encontro com o prefeito e conta que o desejo é unanimidade entre os dirigentes. A ideia é, em alguns casos, eles desapropriarem terrenos, e para aqueles que já têm terreno, como é o nosso caso, a prefeitura levantaria recursos ou daria em obras. Mas é uma equação de que ainda não chegamos ao fim, diz Patricia, ciente de como poderia usar o dinheiro. Como as obras do nosso CT já estão em andamento, ou terminamos antes do prazo, ou se já tivermos todo os recursos, podemos usar para fazer o módulo das divisões base.
O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, também comemora a possibilidade de apoio. É um reconhecimento à gestão profissional dos clubes cariocas.Mais do que o fato de Botafogo, Flamengo, Vasco e Fluminense estarem bem posicionados no Campeonato Brasileiro, pesam a organização, a estrutura e a seriedade das diretorias para que tal projeto esteja em pauta, defende Maurício Assumpção.
Já o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, trata o assunto com certa cautela. A forma com que isso vai ser feito ainda não está definida. Eu sei que existe essa vontade, afirma o dirigente vascaíno.
No novo encontro em que o assunto CT será discutido, hoje, o secretário municipal de Esporte e Lazer, Romário Galvão, estará presente e se colocará a favor do projeto. Hoje, os clubes estão numa situação complicada,comdívidas colossais. Esses clubes de tradição são patrimônio do Brasil e representam a nossa cultura de norte a sul e leste a oeste do País. É positivo ajudá-los a se estruturar, afirma Galvão.
Em viagem, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, não foi encontrado para comentar o assunto.